Horizonte 13 (40):2096-2114 (
2015)
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Abstract
Aos 50 anos da Dei Verbum retomam-se alguns textos da última década que atualizam esse documento, especialmente a exortação Verbum Domini de Bento XVI, o Documento de Aparecida, do CELAM, e a Evangelii Gaudium, do papa Francisco. Partindo da consideração da palavra dialogal como espaço para o deixar-ser do outro, sublinha-se o caráter humano-divino da palavra de Deus, criadora e humanada em Cristo. A Tradição viva da Igreja, em cujo seio se configura a Escritura cristã como regra primeira da fé, guarda a memoria Christi, a Palavra presente na celebração e no anúncio, não só aos de fora, mas, com urgência atual, na formação permanente e na mistagogia dos que são considerados cristãos. Mas a memoria Christi se guarda e se interpreta, também, na práxis cristã vivida. Evoca-se esta complexa interação do humano e do divino, da memória e da presença, da palavra e da práxis da fé, com a intenção, sobretudo, de valorizar a palavra humana autêntica e dialogal, a serviço da humanação da Palavra de Deus, divinização da palavra humana