Abstract
This article argues that the philosophy of Emmanuel Levinas does not fall into the categories of postmodern thought; rather, it represents a fundamentally Jewish way of thinking that, in many ways, is opposed to postmodernism. The paper begins with a consideration of what makes Jewish thought Jewish and explains how and why the thinking of Levinas is defined by distinctively Jewish categories. It addresses his stance toward Torah and other sacred Jewish texts, as well as his view of creation and the Creator. After establishing what makes Jewish thought Jewish, the text examines three key concepts in the philosophy of Levinas and explains how and why these concepts are distinctively Jewish: they are the concepts of the holy, of the face, and of time. Finally, drawing upon the Hebrew language and sacred texts, the paper shows that these key concepts distinguish Levinas as a Jewish thinker whose views fall firmly within the Jewish tradition. /// O presente artigo defende, antes de mais, que a filosofia de Emmanuel Levinas de forma alguma se pode reduzir às categorias do pensamento pós-moderno; pelo contrário, o autor pretende demonstrar até que ponto este é um modo fundamentalmente judaico de pensar, um pensamento que, de diversos modos, se opõe ao assim chamado pós-modemismo. O artigo começa por estabelecer aquilo que faz com que de um determinado pensamento se possa dizer que ele é de matriz judaica, explicando assim também de que modo o pensamento de Levinas está definido por categorias distintamente judaicas. O artigo considera a posição do filósofo em relação à Tora e outros textos sagrados do Judaísmo, bem como a sua interjiretação da criação e do Criador. Assim, depois de estabelecer aquilo que faz com que seja propriamente judaico o pensamento judaico, o texto examina três dos conceitos fundamentais na filosofia de Levinas e explica porque é que estes conceitos são, de facto, tipicamente judaicos. Trata-se, com efeito, dos conceitos de Santo, de Rosto, e de Tempo. Finalmente, argumentando a partir da língua hebraica e dos textos sagrados, o artigo reafirma de que modo estes conceitos-chave distinguem Levinas como pensador cujas interpretações se inserem, sem mais, dentro da tradição judaica.