O presente ensaio tem por objectivo ajudar a discernir o novo prisma, e o novo curso de pensamento por Kant inaugurado sobre o mais originário dos tópicos da faculdade de representação humana: as representações obscuras; um tópico até então quase completamente negligenciado, ou então expressamente negado, em razão da sua ligação à sensibilidade, mas um tópico que, no entender do filósofo, não só era um tópico de grande relevância filosófica, como antes encerrava novas, até então impensadas potencialidades, que Kant traz (...) à palavra pela primeira vez nas Lições de Antropologia. Assim, é nosso intento provar a matriz originariamente cosmológica que, para Kant, é aquela do problema das representações obscuras; trazer à evidência a forma embrionária da consciência que é a das representações obscuras, e sua relação com o conhecimento claro ; e, por fim, salientar como o tópico das representações obscuras está na origem de um re-proporcionamento de todas as inferiores e superiores faculdades do ânimo – o mesmo que Kant visava com a poesia, de que as representações obscuras são afinal parte. (shrink)

La Crítica del Juicio concede a la poesía una distinción entre las bellas artes que no encuentra fundamento en la crítica del juicio estético: si la Analítica vincula el sentimiento de placer propio de lo bello al reconocimiento de una relación armónica entre las facultades del conocimiento, la literatura se distingue por la afinidad que mantiene su medio representativo con la facultad del entendimiento. El primado de la poesía en la CJ obedece pues necesariamente a una teoría estética previa que (...) equiparaba el gusto a la correspondencia entre sensibilidad y razón consustancial a todo juicio de conocimiento. El presente trabajo destaca la continuidad de la poética clasicista en la obra kantiana confrontando la noción de correspondencia asumida por su primera teoría estética con la delimitación respecto al concepto de armonía que introduce la tercera crítica. (shrink)