Entre confinamentos e signos amorosos: exercitações de encenações e recriações docentes

Lisete Regina Bampi, Fabricio Gasteasoro Tourrucôo, Gabriel Dummer Camargo
DOI: http://dx.doi.org/10.5281/zenodo.5838247

Enviado:   2022-01-21.   Aceptado:  2022-01-21.  Publicado:  2022-01-21.

Resumen

Este artigo desafia-se a traduzir experiências da docência pela via de uma interpretação dos mundos dos signos. Entre confinamentos, professores exercitam-se em encenações que não são apenas transformações replicantes de si mesmos; mas recriações singulares em suas mundanidades, e em potentes sensibilidades; possivelmente, diferentes em sua repetição. Como um modo de resistência na própria experiência de subjetivação da docência, reinventamo-nos com mundos já criados, repensando a escola como ambiente, como instituição, como espaço, como tempo, como mundo e como forma. Com Cortázar, colocamo-nos na instável oposição, onde há um combate amoroso entre os signos e sua interpretação. E isso exige um processo permanente de reconstrução e recriação da perspectiva da pesquisa sustentada, especialmente, em Deleuze. Poder traduzir de um outro modo o que estamos fazendo causou inquietações em nós mesmos e, até mesmo, podemos causá-las em outros.


Palabras clave

Docência; Signos; Exercitação; Recriação; Deleuze

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