O PARADIGMA DA ARTIFICIALIDADE E O CARÁTER LAICO DO ESTADO EM HOBBES

Autores

  • Ligia Pavan Baptista Professora doutora de Ética e Filosofia Política da Universidade de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2023.v15n38.p321-337

Palavras-chave:

Hobbes, Estado, Contrato, Deus

Resumo

A questão da origem do poder político, na visão do filósofo contratualista inglês Thomas Hobbes, estabelece que o mesmo não está fundado nem vontade divina, nem na natureza, mas criado por um ato deliberado da vontade humana. Sendo criado por meio de um contrato, ou seja, uma transferência do direito natural à liberdade e à igualdade a um representante comum, o Estado, também chamado de Leviatã, é definido pelo autor como um Deus mortal. O objetivo do presente artigo é analisar de que maneira a concepção moderna do Estado, caracterizado a partir do século XVII, está fundada tanto em seu caráter laico, quanto artificial

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AUBREY, J. Brief Lives. Harmondesworth: Ed. Oliver Lawson Dick, 1962.

BAPTISTA, L. P. Da Criação Ex Nihilo ao Artefacto do Estado, Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, 1995.

BAPTISTA, L. P. O Estatuto da Paz em Hobbes, Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, 2003.

BOBBIO, N. A Teoria das Formas de Governo. 8.ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1995.

BOBBIO, N. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

GOLDSMITH, M. M. Hobbes's Science of Politics. New York, London: Columbia University,1966.

HAMPTON, J. Hobbes and the Social Contract Tradiction. Cambridge: Cambridge University Press,1986.

HOBBES, T. Do Cidadão. São Paulo: Martins Fontes,1991.

HOBBES, T. Leviatã. 4ª Edição, São Paulo: Nova Cultural,1988.

HOBBES, T. Behemoth. In: MOLESWORTH, W. (Org.). The English Works of Thomas Hobbes. Londres: Scientia Verlag Aalen,1966.

HOOYKAAS, R. A Religião e o Desenvolvimento da Ciência Moderna. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1988.

LAFER, C. Hobbes, o Direito e o Estado Moderno. São Paulo: Associação dos Advogados de São Paulo,1980.

LOCKE, J. Segundo Tratado do Governo Civil. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

MACPHERSON, C. B. The Political Theory of Possessive Individualism, Hobbes to Locke. Oxford: Claredon Press, 1979.

MANENT, P. Naissances de la Politique Moderne. Paris: Payot, 1977.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

POLIN, R. Hobbes, Dieu et les Hommes. Paris: Press Universitaires de France, 1981.

ROSSI, P. Os Filósofos e as Máquinas. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.

SKINNER, Q. R. D. The Foundation of Moderns Political Thought. 2 volumes, Cambridge: Cambridge University Press, 1978.

SKINNER, Q. R. D.; KESSLER, E. The Cambridge History of Renaissance Philosophy. Charles B. Schmidt, general editor, xiv, 968p., Cambridge: Cambridge University Press, 1988.

SKINNER, Q. R. D.; KESSLER, E. “The Ideological Context of Hobbes's Political Though”. Historical Journal, IX, 3, p. 286-317,1966.

SKINNER, Q. R. D.; KESSLER, E. “Thomas Hobbes and the Nature of the Early Royal Society”. Historical Journal, v. 12, 1969.

STRAUSS, L. The Political Philosophy of Hobbes. Oxford: Oxford University Press, 1961.

TUCK, R. Hobbes. Oxford, New York: Oxford University Press,1988.

TUCK, R. Optics and Sceptics: The Philosophical Foundations of Hobbes's Political Thought. Cambridge: ed. Edmund Leites,1988.

WATKINS, J. W. N. Hobbes's System of Ideas: A Study in the Political Significance of Philosophical Theories. London: Hutchinson & C.,1973.

ZAGORIN, P. “Hobbes on our Mind”. Journal of the History of Ideas, v. 51, p. 317-35, Apr.-Jun., 1990.

ZAGORIN, P. “Thomas Hobbes’s Departure from England in 1641: An Unpublished Letter”. Historical Journal, v. 21, p. 157-60, 1978.

Downloads

Publicado

2023-07-28

Edição

Seção

Artigos