Entre o intuir e o proferir:

Descartes e a argumentação filosófica

Autores

  • Edgard Vinícius Cacho Zanette UERR

DOI:

https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v31n61a2017-p263a281

Palavras-chave:

Descartes, Linguagem, Filosofia, Pensamento, Subjetividade

Resumo

Entre o intuir e o proferir: Descartes e a argumentação filosófica

Resumo: O escopo deste artigo é examinar a questão da argumentação filosófica de Descartes no contexto da relação entre intuição e proferimento do cogito. Para René Descartes, que procedimento metódico permite ao sujeito efetuar certa experiência de descoberta de si a si, intuição ou proferimento? Dizendo de outra forma, o ato de proferir ou enunciar o cogito está submetido à uma regra transcendente à argumentação filosófica?
Palavras-chave: Descartes; Linguagem; Filosofia; Pensamento; Subjetividade.

Entre l’intuition et l’énonciation: Descartes et l’argumentation philosophique

Résumé: La portée de cet article est examiner la question de l’ argumention philosophique de Descartes dans le contexte de la relation entre intuition et prononciation du cogito. Pour René Descartes, qui procédure méthodique permet au sujet d’ effectuer une certaine expérience de découverte de soi à soi, l’ intuition ou prononciation? Autrement dit, l’ acte de prononcer ou énoncer le cogito, il est soumis à une règle transcendante à l’ argumentation philosophique?
Mots clé: Descartes; Language; Philosophie; Pensée; Subjectivité.

Between the intuition and the utterance: Descartes and the philosophical argumentation

Resume: The scope of this article is to examine the philosophical argumentation question of Descartes in the context of the relation between intuition and utterance of the cogito. For René Descartes, which methodical procedure allows the subject to perform certain discovery experience from itself to itself, intuition or utterance? Approaching in another way, is the act of uttering or enunciating the cogito submitted to a transcendent rule for the philosophical argumentation?
Keywords: Descartes; Language; Philosophy; Thought; Subjectivity.

Data de registro: 08/09/2015

Data de aceite: 18/05/2016

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Edgard Vinícius Cacho Zanette, UERR

Doutor em Filosofia pela Unicamp (Bolsista Capes - 2011 a 2013), sob orientação do professor Dr. Enéias Forlin. Professor efetivo do Curso de Filosofia da Universidade Estadual de Roraima (UERR), sendo Coordenador Acadêmico do Campus de Boa Vista - 2015

Referências

Bibliografia Primária

DESCARTES, R. Œuvres (AT). Charles Adam et Paul Tannery (Org.).

Paris: Vrin, 1973-1978. 11 vol.

______. Œuvres et lettres (O.L.). André Bridoux (Org.). Bélgica: Gali-

mard, 1953.

______. Œuvres philosophiques de Descartes (O.P.D.). Ferdinand Alquié (Org.). Paris: Vrin, 1967. 3 vol.

______. Discurso do método; Meditações; Objeções e respostas; As paixões da alma; Cartas. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Coleção Os Pensadores).

______. Obras escolhidas. J. Guinsburg, Roberto Romano e Newton Cunha (Org.). Tradução de J. Guinsburg, Bento Prado Jr. et al. São Paulo: Perspectiva, 2010. (Textos, 24).

______. Meditações sobre filosofia primeira. Tradução de Fausto Castilho. Edição bilíngue em latim e português. Campinas, SP: Unicamp, 2004. (Multilíngues de Filosofia Unicamp – Série A – Cartesiana I)

______. O mundo (ou Tratado da luz) e O homem. Apresentação, apêndices, tradução e notas de César Augusto Battisti; Marisa Carneiro de Oliveira; Franco Donatelli. Edição bilíngue em francês e português. Campinas: Unicamp, 2009. (Multilíngues de Filosofia Unicamp – Série A – Cartesiana II)

______. Obras filosóficas: Objeciones e Los princípios de la filosofia. Introdução de Étienne Gilson. Versão espanhola de Manuel de La Revilla. Buenos Aires: El Ateneu, 1945.

______. Princípios da filosofia. Tradução de Ana Cotrim; Eloísa da Graça Burati. 2. ed. São Paulo: Rideel, 2007. (Biblioteca Clássica)

______. Regras para a direção do espírito. Tradução de João da Gama. Lisboa: Edições 70, 1989.

Bibliografia Secundária

ALQUIÉ, F. La découverte métaphysique de l’homme chez Descartes. Paris: Presses Universitaires de France, 1950.

BARON, Jan-Louis V. (Org.). Le problème de l’âme et du dualisme. Paris: Vrin, 1992.

BATTISTI, C. A. O método de análise em Descartes: da resolução de problemas à constituição do sistema do conhecimento. Cascavel, PR: EDUNIOESTE, 2002. (Estudos Filosóficos, 5)

BEYSSADE, M. A dupla imperfeição da idéia segundo Descartes. Tradução de Marcos André Gleizer. Analytica, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p.37-49, 1997. https://doi.org/10.3917/puf.beyss.1994.01

BEYSSADE, J. M. A teoria cartesiana da substância: equivocidade ou Analogia? Tradução de Lia Levy. Analytica, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2,p. 11-36, 1997.

BEYSSADE, J.-M.; MARION, J.-L. (Org.). Descartes: objecter et répondre. Paris: Presses Universitaires de France, 1994.

BIRCHAL, T. S. O cogito como representação e como presença: duas perspectivas da relação de si a si em Descartes. Discurso, São Paulo, v. 31, p. 441-461, 2000. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2000.38049

BUZON, F.; KAMBOUCHNER, D. Vocabulário de Descartes. Tradução de Cláudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2010. (Vocabulário dos filósofos)

COTTINGHAM, J. Dicionário Descartes. Tradução de Helena Martins. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

COSSUTTA, F. (Org.) Descartes et l’ argumentation philosophique. Paris: PUF, 1996. https://doi.org/10.3917/puf.cossu.1996.01

FORLIN, E. A teoria cartesiana da verdade. São Paulo: Humanitas; Ijuí: Unijuí/ Fapesp, 2005. (Filosofia, 14)

GILSON, É. Études sur le rôle de la pensée médiévale dans la formation du système cartésien. 4. ed. Paris: Vrin, 1984.

GUENANCIA, P. L’intelligence du sensible: essai sur le dualisme cartésien. França: Éditions Gallimard, 1998.

GUEROULT, M. Descartes selon l ́ordre des raisons. Paris: Aubier, 1968. 2 v.

HAMELIN, O. El sistema de Descartes. Tradução de Amalia Haydée Raggio. Buenos Aires: Losada, 1949.

KAMBOUCHNER, D. Les méditations métaphysiques de Descartes; Introducion générale; Première meditation. Paris: PUF, 2005.

LANDIM, R. F. Evidência e verdade no sistema cartesiano. São Paulo: Loyola, 1992. (Coleção Filosofia, 23)

LAPORTE, J. Le rationalisme de Descartes. Paris: PUF, 1945.

LEVY, L. Eu sou, eu existo: isto é certo; mas por quanto tempo? In:______. Analytica. Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 161-185, 1997.

LOPARIC, Z. Descartes heurístico. Campinas: UNICAMP, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, 1997. (Trajetória, 5)

MARION, J-L. Sur l’ ontologie grise de Descartes. 2. ed. Paris: Vrin,1991.

MOYAL, J. D. La critique cartésiaenne de la raison: folie, rêve et liberté dans les Meditations. Montreal; Paris: Bellarmin; Vrin, 1997.

______. (Ed.). René Descartes critical assessments. 4 v. London: Routledge, 1991.

ONG-VAN-KUNG, K. (Org.). Descartes et la question du sujet. Paris: Presses Universitaires de France, 1999.

ROCHA, E. M. Animais, homens e sensações segundo Descartes. In: ______. KRITERION, Belo Horizonte, n. 110, p. 350-364, Dez. 2004. https://doi.org/10.1590/S0100-512X2004000200008

RODIS-LEWIS, G. Descartes e o racionalismo. Tradução de Jorge de Oliveira Baptista. Porto: Rés, 1979.

SOARES, Alexandre Guimarães Tadeu de. O filósofo e o autor. Campinas: Editora Unicamp, 2008.

ZANETTE, E. V. C. Argumentos, ano 4, n. 8, jul./dez. 2012. Resenha de: SALLES, Jordi. “...le persuader aux autres”: le choc avec Hobbes et Gassendi sur le doute. Notes sur la dialogique cartésienne. In: BEYSSADE, J.-M.; MARION, J.-L. (Org.). Descartes: objecter et répondre.

Paris: Presses Universitaires de France, 1994. p. 91-109.

______. Ceticismo e subjetividade em Descartes. 2011. 154 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Unioeste, Cascavel, 2011.

______. Crítica ao sensível na teoria da alma racional de René Descartes. 2015. 150 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015.

Downloads

Publicado

2017-04-27

Como Citar

ZANETTE, E. V. C. Entre o intuir e o proferir:: Descartes e a argumentação filosófica. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 31, n. 61, p. 263–281, 2017. DOI: 10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v31n61a2017-p263a281. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/31539. Acesso em: 12 jun. 2024.