Sexualidade maquínica contra a diferença sexual: de Deleuze e Guattari a Preciado

Cíntia Vieira da Silva, Letícia Conti Decarli
DOI: http://dx.doi.org/10.5281/zenodo.7244770

Enviado:   2022-03-27.   Aceptado:  2022-06-13.  Publicado:  2022-09-30.

Resumen

Preciado caracteriza o regime da diferença sexual como um conjunto de tecnologias sociais que esconde sob o nome de Natureza aquilo que se configura como efeito da ordem política e econômica denominada “patriarcado hetero-colonial”. Deleuze e Guattari, em O Anti-Édipo, constroem uma concepção de sexualidade inseparável das determinações do campo social. Porém, veremos como é pelo conceito de sexualidade maquínica que os autores se furtam a reduzir a sexualidade a um simples efeito do campo social, pois também buscam uma dimensão criativa capaz de romper com essas determinações. A intenção deste artigo é, apesar da aparente divergência entre contrassexualidade e sexualidade maquínica, explorar afinidades conceituais entre ambas no que diz respeito à crítica à diferença sexual e ao esforço de experimentação de novas “plataformas sexuais”    


Palabras clave

Contrassexualidade; diferença sexual; sexualidade maquínica; Preciado; Deleuze & Guattari

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