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Aristóteles, inesse, Leibniz

Vivianne de Castilho Moreira

Resumo


Em diversas ocasiões, Leibniz recorre à autoridade de Aristóteles a fim de roborar sua tese da verdade como inerência do predicado ao sujeito da proposição. Não é, contudo, evidente em que medida a filosofia aristotélica poderia oferecer amparo a essa reivindica- ção. Afinal, a Aristóteles tradicionalmente se atribui uma concepção de verdade diferente, consistente em uma relação de correspondência entre a proposição e a realidade que ela se destina a descrever. Sem discutir a conhecida tese da verdade como correspondência, este trabalho é dedicado a investigar em que medida os escritos de Aristóteles permitem que Leibniz respalde neles as suas afirmações. Para tanto, a presente investigação estará focada nos Primeiros e os Segundos Analíticos, obras em que Aristóteles expõe sua teoria do racio- cínio e da demonstração. Visa-se averiguar se, e sob que condições, a noção de inerência ali mobilizada pode ser assimilada à noção leibniziana de inerência. 


Palavras-chave


Leibniz; Aristóteles; inerência; demonstração; verdade; proposição.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dp.v11i2.35443