BIOPOLÍTICA DAS DROGAS: RACISMO E ENCARCERAMENTO EM MASSA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

Autores

  • André Brayner de Farias Universidade de Caxias do Sul

DOI:

https://doi.org/10.20911/21769389v51n159p47/2024

Resumo

O artigo propõe uma análise da política de drogas no Brasil à luz das teorias biopolíticas de Michel Foucault. A análise elege dois aspectos da genealogia foucaultiana que são centrais para entender a relação entre guerra às drogas, racismo e encarceramento em massa: a coextensividade entre guerra e política e o racismo como dispositivo de seleção da população. Entendemos, entretanto, que a perspectiva de Foucault não é sufi ciente para uma genealogia das relações de poder aplicada ao Brasil. É preciso assumir uma crítica de estilo decolonial. Nesse sentido invocamos a noção de necropolítica, de Achille Mbembe, que pensamos ser mais adequada ao enquadramento da biopolítica produzida em nosso país. No que diz respeito à política de drogas, estudaremos o caso da maconha no Brasil. Nosso objetivo principal é revelar os interesses do proibicionismo brasileiro, entendendo a guerra às drogas como um fracasso político que, no entanto, mostra-se bem-sucedido no quadro geral do projeto histórico do Brasil.

Palavras-chave: Biopolítica. Guerra às drogas. Racismo. Encarceramento.

Downloads

Publicado

2024-05-01

Como Citar

Farias, A. B. de. (2024). BIOPOLÍTICA DAS DROGAS: RACISMO E ENCARCERAMENTO EM MASSA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO. Síntese: Revista De Filosofia, 51(159), 47. https://doi.org/10.20911/21769389v51n159p47/2024