A via trágica do pensamento de Martin Heidegger

Autores

  • Marina Coelho Santos UFSC

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2023v30n62ID33198

Palavras-chave:

Trágico; Heidegger; História do ser; Alétheia.

Resumo

A questão do trágico é um importante eixo teórico da filosofia alemã pautado não somente na filosofia da arte, mas também no desenvolvimento de teses ontológicas que constituem a chamada filosofia do trágico. Heidegger, como herdeiro da tradição alemã, se debruçou sobre essa questão - principalmente em sua interpretação do primeiro estásimo da Antígona de Sófocles - que pode ser encontrada em diversos pontos de sua filosofia no período de 1935-1946. Inserindo-nos no debate da filosofia do trágico, nosso objetivo é investigar: 1) de que modo a questão do trágico se manifesta em Heidegger; 2) em que medida Heidegger se diferencia ou se aproxima da filosofia do trágico e de autores que refletiram sobre essa questão, especificamente Hegel e Hölderlin. Nossa hipótese é que há uma via trágica original no pensamento heideggeriano, sustentada por sua noção conflitual de verdade, que é uma chave de leitura da história do ser, passível de ser construída em embate com Hegel e Hölderlin.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

COSTA, Gilmário. “Tragicidade e existência em Martin Heidegger”. In: KRITERION, nº 140, 2018. p. 475-493.

FÓTI, Veronique. “Heidegger, Hölderlin and Sophoclean Tragedy,” in: Risser, J. Heidegger Toward the Turn: Essays on the Work of the 1930s. Albany: Suny Press, 1999..

FÓTI, Veronique. “From an agonistic of powers to a homecoming: Heidegger, Hölderlin, and Sophocles”. In:_Epochal discordance: Hölderlin’s philosophy of tragedy. Albany: State University of New York Press, 2006.;

GALL, Robert. “Interrupting speculation: The thinking of Heidegger and Greek tragedy”. In: Continental Philosophy Review. nº 36: 177–194, 2003;

GEIMAN, Claire. “Heidegger’s Antigones”. In: POLT, R. FRIED, G. A companion to Heidegger’s Introduction to Metaphysics. New Haven: Yale University Press, 2001. p. 161-182.

GOVER, Karen. Heidegger and the question of tragedy. Tese de doutorado. The Pennsylvania State University, 2005. 149 pgs.

GOVER, Karen. “Tragedy and metaphysics in Heidegger’s ‘The Anaximander fragment’”. In: Journal of British Society for Phenomenology. Vol 40. No. I, 2009. p. 37-51.

HAAR, Michael. “The history of Being and it’s hegelian model”. In: COMAY, R; McCUMBER, J. Endings: Questions of memory in Hegel and Heidegger. Illinois: Northwestern University Press, 1999.

HEIDEGGER, Martin. Holzwege. Frankfurt am Main. Vittorio Klostermann GmbH, 1977.

HEIDEGGER, Martin. Hölderlins Hymne“Der Ister”. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1984.

HEIDEGGER, Martin. Besinnung. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann GmbH, 1997a.

HEIDEGGER, Martin. Einführung in die Metaphysik. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann GmbH, 1997b.

HEIDEGGER, Martin. Parmenides. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann GmbH, 1997c.

HEIDEGGER, Martin. Beiträge zur Philosophie (Vom Ereignis). Frankfurt am Main. Vittorio Klostermann GmbH, 2003.

HEIDEGGER, Martin. Identität und Differenz. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann GmbH, 2006.

HERMANN, Friedrich.von. “Posfácio do editor”. In: HEIDEGGER, M. O acontecimento apropriativo. Trad. Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense universitária, 2013.

HYPPOLITE, Jean. Introduccion a la filosofia de la historia de Hegel. Trad. Alberto Drazul. Buenos Aires: Ediciones Calden, 1970.

LACOUE-LABARTHE, Philippe. “The Caesura”. In: _ Heidegger, art and politics. Trad. Chris Turner. Oxford: Basil Blackwell, 1990. p. 41-47.

LACOUE-LABARTHE, Phillippe. “A cesura do especulativo”. In:_ A imitação dos modernos: ensaios sobre arte e filosofia. Trad. João Camillo Penna, et al. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

MACHADO, Roberto. O nascimento do trágico: de Schiller a Nietzsche. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor, 2006.

REBOK, Maria. “El rasgo trágico en el pensar de Martin Heidegger y su condensación en el paradigma de Antígona.” In: Acta fenomenológica latinoamericana. Volumen III , 2009. p. 637-657.

SCHÜRMANN, Rainer. Broken Hegemonies. Trad. Reginald Lilly. Bloomington: Indiana University Press, 2003.

SCHÜRMANN, Rainer. “Ultimate Double Binds”. In: RISSER, J. Heidegger Toward the Turn: Essays on the Work of the 1930s. Albany: Suny Press, 1999. p. 243-267.

SZONDI, Peter. Ensaio sobre o trágico. Trad. Pedro Süssekind. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

TORRANO, José. “Ode ao Homem: Sófocles – Antígona, Primeiro Estásimo (332-375)”. O que nos faz pensar, [S.l.], v. 27, n. 43, p. 325-329,

WRIGHT, Kathleen. “Heidegger on Hegel’s Antigone: the memory of gender and the forgetfulness of the ethical difference”. In: COMAY; McCUMBER, 1999

YOUNG, Julian. The philosophy of tragedy: From Plato to Zizek. Cambridge: Cambridge University Press, 2013. p. 2017 - 235.

ZIZEK, Slavoj. Hegel versus Heidegger. E-flux journal. nº 32, 2012.

Downloads

Publicado

26-09-2023

Como Citar

COELHO SANTOS, M. A via trágica do pensamento de Martin Heidegger. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 30, n. 62, 2023. DOI: 10.21680/1983-2109.2023v30n62ID33198. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/33198. Acesso em: 6 maio. 2024.