Apontamentos à fortuna crítica de Il Principe, de Machiavelli: de Gentillet a Gramsci e a recepção brasileira

Antonio José Romera Valverde

Resumo


O ensaio roteiriza e analisa a fortuna crítica de Il Principe (1513), de Machiavelli, inscrito sob a tradição humanística do gênero specula principum, - fortuna, antecipadamente, circunscrita por quinze livros do gênero, escritos entre 1402 e 1505, em Itália -. Na sequência, agencia apontamentos acerca da fortuna crítica do livrinho maquiaveliano de Gentillet até Gramsci, com destaque para a sua presença em França, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Itália. Ao final, o ensaio analisa a recepção brasileira a Machiavelli.

Palavras-chave


Maquiavel, O Príncipe; Fortuna crítica;recepção brasileira a O Príncipe

Texto completo:

PDF

Referências


BACON, F., Nova Atlântida, tradução José Aluysio Reis de Andrade, São Paulo, Abril Cultural, 1973. (Coleção “Os Pensadores”).

_____, Nueva Atlántida, edición Emilio García Estébanez, Madrid, Akal, 2006.

_____, Ensaios, tradução Álvaro Ribeiro, 3ª edição, Lisboa, Guimarães, 1992.

BAGNO, S., “Il Principe nell’area luso-brasiliana”, In Il Principe di Niccolò Machiavelli e il suo tempo, 1513-2013, a cura di Alessandro Campi et alii, Roma, Treccani, 2013, pp. 219-220.

BARBUTO, G. M., “Vico e Machiavelli”, In Il Principe di Niccolò Machiavelli e il suo tempo, 1513-2013, a cura di Alessandro Campi et alii, Roma, Treccani, 2013, pp. 286-289.

BARTHAS, J., “Appendice 1 – Coda. Moments de la fortune de la sentence machiavelienne. Francis Bacon, Georges Berkeley, Ferdinando Galiani”, In _______, L’Argent n’est pas le nerf de la guerre: essai sur une prétendue erreur de Machiavel, Rome, École Française de Rome, 2011, pp. 430-440.

BERNARDO, J., Labirintos do Fascismo: na encruzilhada da ordem e da revolta, 3ª versão, 2018. (Primeira edição, Afrontamento, Porto, 2003. Segunda e terceira, edições particulares).

BORRELLI, G., “Agostino Nifo e il plagio del Principe”, In Il Principe di Niccolò Machiavelli e il suo tempo, 1513-2013, a cura di Alessandro Campi et alii, Roma, Treccani, 2013, pp. 271-273.

BOVE, L., “Entrevista com Laurent Bove”, tradução Leon Farhi Neto e Monique Farhi, In Cadernos Espinosanos, n. 33, jul dez 2015, pp. 223-246. Acessado pelo link http://www.revistas.usp.br/espinosanos/article/view/108807/107235, dia 03 de maio de 2019.

CAPATA, A., “I Ghiribizzi al Soderini: un’anticipazione del Principe?”, In Il Principe di Niccolò Machiavelli e il suo tempo, 1513-2013, a cura di Alessandro Campi et alii, Roma, Treccani, 2013, pp. 97-100.

CARPEAUX, O. M., História da Literatura Ocidental, volume III, São Paulo, Leya, 2011.

CIAPETTI, R. (a cura di), Atti del Convegno Internazionale su Il Pensiero Politico di Machiavelli e la sua fortuna nel mondo. SanCasciano – Firenze, 28-29 settembre 1969, Firenze, Pallazo Strozzi Firenze, Istituto Nazionale di Studi sul Rinascimento, 1972.

DARDOT, P.; LAVAL, C., A Nova Razão do Mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal, tradução Mariana Echalar, São Paulo, Boitempo, 2016.

DIDEROT e d’ALEMBERT, “Política”, In _______, Enciclopédia, ou Dicionário razoado das ciências, das artes e dos ofícios, volume 4, tradução Maria das Graças de Souza et alii, São Paulo, Unesp, 2015.

DIONISOTTI, Carlo, Machiavellerie: Storia e fortuna di Machiavelli, Torino, Einaudi, 1980.

ESCOREL, L., Introdução ao Pensamento Político de Maquiavel, Brasília, UnB, 1979.

FAORO, R., Existe um Pensamento Político Brasileiro? São Paulo, Ática, 1994.

FARIA, O. de, Machiavel e o Brasil, 2ª edição, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1933.

FEBVRE, L., O problema da incredulidade no século XVI: a religião de Rabelais, tradução Maria Lúcia Machado, São Paulo, Cia. das Letras, 2009.

FEDERICO II, L’Antimachiavelli, a cura di Nada Carli, Pordenone, Edizioni Studio Tesi, outobre 1987. (Tradução da edição francesa, cujo título original: Antimachiavel ou examen du Prince de Machiavel).

FICHTE, J. G., Pensamento Político de Maquiavel, tradução Rubens Rodrigues Torres Filho, São Paulo, Hedra, 2010.

______, Machiavel et autres écrits philosophiques et politiques de 1806-1807. Paris, Payot, 1981. ______, Uber Machiavelli als Schrifteller (1807) in http://www.textlog.de/9382.html

FRAJESE, V., “Index librororum prohibitorum”, In Machiavelli. Enciclopedia Machiavelliana, vol. II, a cura di Gennaro Sasso, Roma, Treccani, 2014, pp. 12-17.

GENTILLET, I., Anti-Machiavel (1576), Genebre, Libraire Droz, 1968. (Organizado por C. Edward Rathé, conforme a edição de 1576).

GILBERT, F., Machiavelli e il suo tempo, traduzione Alda de Caprariis e Gustavo Gozzi, Bologna, Il Mulino, 1991.

GRAMSCI, A,, Cadernos do Cárcere, volume 3, 8ª edição, tradução de Luiz Sérgio Henriques, Marco Aurélio Nogueira e Carlos Nelson Coutinho, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2017.

_______, Quaderni del Carcere, 4 volumes, a cura di Valentino Gerratama, Torino, Einaudi, 2014.

HEGEL, G. W. F., Scritti politici, a cura di Claudio Cesa, Torino, Einaudi, 1972.

HOLANDA, S. B. de, “Maquiavel e o sr. Otávio de Faria”, In _______, O Espírito e a Letra: estudos de crítica literária, 1920-1947, vol. I, São Paulo, Cia. das Letras, 1996, pp. 248-250.

_______, “A Filosofia de Machado de Assis”, In _______, O Espírito e a Letra: estudos de crítica literária, 1920-1947, vol. I, São Paulo, Cia. das Letras, 1996, pp. 305-312.

KAUTILYA, Il Codice del Potere (Arthasastra): arte dela guerra e dela strategia indiana, a cura de Gianluca Magi, Vicenza, Il Punto d’Incontro, 2017.

LARIVAILLE, P., “Nifo, Agostino”, In Machiavelli. Enciclopedia machiavelliana, a cura di Gennaro Sasso, Roma, Treccani, s.d., pp. 234-238.

LARIVAILLE, P. et PERNET-BREAU, S., Une réécriture du Prince de Machiavel. Le De regnandi peritia de Agostino Nifo, Paris, 1987. (Reimpression d’Agostino Nifo, De regnandi peritia, Naples, 1523, avec as traduction française).

MACHADO de ASSIS, J. M., Obra Completa, vol. II, São Paulo, Nova Aguilar, 2015. (Contos).

MACHIAVELLI, N., “Istorie Fiorentine e altre opere storiche e politiche”, In ___________, Opere, a cura di Alessandro Montevecchi, volume secondo, Torino, UTET, 1986.

___________, “Lettere”, In ___________, Opere, a cura di Franco Gaeta, volume terzo, Torino, UTET, 1984.

MAQUIAVEL, N., O Príncipe, tradução Diogo Pires Aurélio, São Paulo, Editora 34, 2017. (edição bilíngue).

MARCHAND, J-J., Niccolò Machiavelli: I primi scritti politici (1499-1512): nascita di un pensiero e di uno stile, a cura di Rino Avesani, Guiseppe Billanovich e Giovanni Pozzi. Padova: Antenore, 1975.

MARLOWE, C., A Trágica História do Doutor Fausto – E a História do Doutor João Fausto de 1587: O Nascimento de uma Tradição Literária, tradução Luís Bueno, Caetano W. Galindo e Mario Luiz Frungillo, Cotia, Campinas, Ateliê / Unicamp, 2018.

MÉSZÁROS, I., A estrutura social e formas de consciência: a dialética da estrutura e da história, vol.II, tradução Rogério Bettoni, São Paulo, Boitempo, 2011.

________, Para além do capital: rumo a uma teoria da transição, tradução Paulo Cezar Castanheira e Sérgio Lessa, São Paulo, Boitempo, 2011.

MONTANS, L. C. B., Desejo e Política: uma aproximação entre Maquiavel e Espinosa, relatório de estágio pós-doutorado em Filosofia, realizado na PUC-SP, 2018.

NIETZSCHE, F., Além do bem e do mal: prelúdio de uma filosofia do porvir (1885-1886), Cia. das Letras, 2005.

_________, Humano, demasiado Humano, tradução Paulo César de Souza, São Paulo, Cia. das Letras, 2005a.

_________, Crepúsculo dos Ídolos ou como se filosofa com o martelo, tradução Paulo César de Souza, São Paulo, Cia. das Letras, 2006.

_________, Aurora: reflexões sobre os preconceitos morais, tradução Paulo César de Souza, São Paulo, Cia. das Letras, 2004.

PEDULLÀ, G., “Prima del Principe: la tradizione umanistica degli specula principum”, In Il Principe di Niccolò Machiavelli e il suo tempo, 1513-2013, a cura de Alessandro Campi et alii, Roma, Treccani, 2013, pp. 81-89.

PETRINA, A., “Machiavelli in Inghilterra e Scozia: il primo secolo del Principe in lingua inglese”, In Il Principe di Niccolò Machiavelli e il suo tempo, 1513-2013, a cura de Alessandro Campi et alii, Roma, Treccani, 2013, pp. 186-194.

PIERRE, M. M. S., Nicolau Maquiavel: filósofo e político confrontado, Vitória, Multiplicidade, 2005.

POCOCK, J. G. A., Il Momento Machiavelliano: Il pensiero fiorentino e la tradizione repubblicana anglosassone. Il pensiero politico fiorentino, vol. I, traduzione Alfonso Prandi, Bologna, Il Mulino, 1980.

______, Il Momento Machiavelliano: Il pensiero fiorentino e la tradizione repubblicana anglosassone. La “repubblica” nel pensiero político anglosassone, traduzione Alfonso Prandi, Bologna, Il Mulino, 1980.

PROCACCI, G., Machiavelli nella cultura europea dell’età moderna, Bari, Laterza, 1995.

REIS, N. H. N. dos, A recepção maquiaveliana em solo britânico: David Hume, leitor de Maquiavel, relatório do estágio de pós-doutorado em Filosofia, PUC-SP, 2017.

RIDOLFI, R., Biografia de Nicolau Maquiavel, tradução Nelson Canabarro, São Paulo, Musa, 2003.

SADEK, M. T. A., Machiavel, Machiavéis: a tragédia octaviana, São Paulo, Símbolo, 1978.

SCHWARZ, R., “As ideias fora do lugar”, In Estudos Cebrap, n. 3, São Paulo, Cebrap / Brasileira de Ciências, janeiro 1973, pp. 149-161.

SÉNECA, L. A., Carta a Lucílio, tradução J. A. Segurado e Campos, Lisboa, Calouste Gulbenkian, 2004.

SÊNECA, L. A., Tratado sobre la Clemencia (De Clementia), tradução Ingeborg Braren, Petrópolis, Vozes, 1990. (“Clássicos do Pensamento Político”, vol. “Sêneca / Salústio).

SENELLART, M., As Artes de Governar: do regimen medieval ao conceito de governo, tradução Paulo Neves, São Paulo, 34, 2006.

TORRES FILHO, R. R., “Apresentação”, In FICHTE, J. G., Pensamento Político de Maquiavel, tradução Rubens Rodrigues Torres Filho, São Paulo, Hedra, 2010, pp. 9-14.

VENÂNCIO FILHO, A., “Notas sobre Maquiavel e o Brasil”, In BATH, S. et alii, Maquiavel: um seminário na Universidade de Brasília, Brasília, UnB, 1981, pp. 45-57.

VICO, G., Ciência Nova (1744), tradução Jorge Vaz de Carvalho, Lisboa, Calouste Gulbenkian, 2005. ____, “Princìpi di Scienza Nuova” (1744), In ____, Opere, a cura di Andrea Battistini, Milano, Arnoldo Mondadori, 2007.

WEBER, M., Ciência e Política: duas vocações, tradução Leonidas Hegenberg e Octany Silveira da Mota, São Paulo, Cultrix, MCMLXX.




DOI: https://doi.org/10.26694/.v10i21.9082

Direitos autorais 2019 Pensando - Revista de Filosofia

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.


INDEXADA EM/INDEXED BY:

Logotipo do Sumarios   Logotipo do DOAJ Logotipo do IBICT  Logotipo da rede Cariniana  Logotipo do LatIndex 

Logotipo da ANPOF Logotipo da MIAR

Logotipo do Portal Periodicos Logotipo da Diadorim Logotipo do Philosopher's Index

Logotipo da LIVRE   Logotipo da PhilPaper   Logotipo da CrossRef   Logotipo da SUDOC   Logotipo da BELUGA   Logotipo da ERIH PLUS 

 



ENDEREÇO/MAIL ADDRESS:

Universidade Federal do Piauí, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Centro de Ciências Humanas e Letras, Campus Min. Petrônio Portela,

CEP 64.049-550,  Teresina - PI, Fone: (86) 3237 1134  E-mail: revista.pensando@gmail.com



 

OUTROS LINKS:

  Logotipo da Capes   Logotipo do CNPq   Logotipo da UFPI  Logotipo da FAPEPI

 


ISSN 2178-843X