Abstract
O presente trabalho pretende resgatar o debate entre Richard Rorty e Nancy Fraser, ocorrido no início da década de 1990, especificamente a partir do texto Feminismo e Pragmatismo apresentado na Tanner Lectures on Human Value. Nesta conferência o filósofo discorreu sobre a possibilidade de conciliação entre o seu pragmatismo e o feminismo. Rorty aborda o feminismo enquanto autocriação da mulher através da “redescrição” mediante a manifestação poética, onde o filósofo encara as feministas como criadoras do novo. Em seguida, exporemos a crítica de Fraser, que trabalha sobre a proposta apresentada pelo pragmatista e que oferece suas próprias ideias dentro de uma concepção do feminismo como movimento democrático de massa. Ao final, uma breve avaliação das implicações das críticas e sugestões apresentadas por Rorty ao feminismo e também da resposta de Fraser.