Abstract
O presente texto visa recorrer à interpretação do filósofo Michel Foucault sobre a Modernidade como atitude crítica e como tarefa filosófica para reivindicação de pensar uma educação outra. Essa alternativa está associada ao projeto de formação para a emancipação e a justiça social distante de um empresariamento das instituições e assujeitamento dos indivíduos. Como ponto de partida desta reflexão filosófica recorremos a interrogação do filósofo ao pressupor ser a Modernidade uma atitude e não como um período da história, tal questionamento presente na conferência O que é a Crítica? de 1978 é a marca da atualidade da Modernidade elaborada por Immanuel Kant resgatada por Foucault. Dedica-se a escrita em abordar a concepção de crítica em Foucault como estratégia de questionamento e enfrentamento para pensar o presente como tensão, ação e transformação nos excessos de governo presentes na sociedade contemporânea, principalmente no campo da Educação. A suposição desenvolvida é a de que o sentido da crítica, entendida como a capacidade de interrogar a relação entre o poder, a verdade e seus efeitos sobre o sujeito. Para tanto a crítica se atualiza para a Educação como para os sujeitos, à medida que se age na direção de transformar as suas relações institucionais e consigo.