Abstract
RESUMO Como entender uma teoria da felicidade enquanto sabedoria de vida, elaborada a partir de noções como as de uso prático da razão e de caráter adquirido, no pensamento do grande metafísico pessimista que certamente foi Schopenhauer? O presente artigo sustenta a hipótese de que o pessimismo schopenhaueriano pode ser melhor compreendido se considerado, por um lado, como um pessimismo metafísico, e, por outro, como um pessimismo pragmático. Para tanto, procuro mostrar em que medida a consideração da peculiar eudemonologia do pensador é fundamental para uma compreensão mais abrangente de seu pessimismo.ABSTRACT How can a theory of happiness, based upon the practical use of reason and acquired character, be understood in the thought of Schopenhauer, the great pessimist metaphysic? This article aims to prove that Schopenhauer's pessimism can be better understood if considered, on the one hand, as metaphysical pessimism and, on the other, as pragmatical pessimism. Thus, I seek to show that the consideration of Schopenhauer's singular eudemonology is fundamental to fully understand his pessimism.