Abstract
O objetivo do texto é abordar a temática dos meios de comunicação como instrumento de poder à luz da indústria cultural conforme Theodor Adorno. Busca-se responder à seguinte questão: como a indústria cultural reproduz as relações de poder no capitalismo contemporâneo? Para a consecução de tal objetivo, o texto apresenta as seguintes etapas: uma breve contextualização histórica e teórica da Teoria Crítica - vertente filosófica à qual Adorno e outros autores se filiaram – a definição da indústria cultural conforme Adorno em seus principais argumentos, os efeitos da indústria cultural e do capitalismo organizado, a postura crítica frente ao contexto referido e a nova postura de Adorno nos anos 50 e 60 frente aos meios de comunicação. A principal tese do artigo leva ao entendimento de que a indústria cultural incorpora toda uma racionalidade de dominação e disciplina da vida social e reprodução da ordem capitalista vigente, acabando com as contradições no âmbito das manifestações artísticas na medida em que somente o lucro é visado.