Abstract

O presente texto tem como propósito, primeiramente, prescrutar a gênese e a particularidade do racismo no modo de produção capitalista, para revelar a conexão íntima existente entre a ideologia do racismo e a ascendência do capital monopolista. Num segundo momento, pretende-se observar como o racismo se constitui como mecanismo fundamental para operar a divisão interna da classe trabalhadora, em que o capital constitui uma espécie de “aristocracia operária” para intensificar suas desumanizações contra os seres humanos racializados. Por fim, justifica-se o protagonismo das táticas combativas do racismo no contexto da predominância do capital mais fetichizado plasmado na história. A pesquisa tem como fundamento a teoria marxiana e as contribuições contrapostas ao racismo desenvolvidas por autores como Eric Williams, René Depestre, Augusto Buonicore, Demétrio Magnoli e Keeanga-Yamahtta Taylor.