Abstract
Se nos juízos científicos ou empíricos a objetividade é possível pela existência de entidades independentes, que tipo de fatos poderiam assegurar a objetividade de julgamentos ético-morais? Tanto para Habermas como para Putnam os valores éticos têm uma certa objetividade que emana do “reconhecimento intersubjetivo de standars de avaliação para os quais podemos encontrar boas razões” no contexto de um estilo de vida particular. No entanto, para Habermas, essa validade não é mais suficiente na situação das sociedades contemporâneas, onde é preciso regular os conflitos e as relações entre diversos grupos com ideais muitas vezes conflitantes. Os objetivos deste trabalho são: 1) reconstruir os argumentos básicos desta controversia 2) adotar uma concepção sobre alguns dos pontos em questão, indicando uma forma de integrar os aspectos de ambas as visões, à qual poderia chegar ao alvo que eles compartilham, a saber, fundar a possibilidade de uma ética cognitivista que contorna os problemas do relativismo sem cair nas dificuldades de realismo metafísico.