Crítica da arrogância pura: A filosofia mais perto da pura retórica que da ciência dura

Prometeus: Filosofia em Revista 2 (3) (2009)
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Abstract

O conhecimento científico tem ficado a meio caminho entre a episteme - ou a veram &certam scientiam postulada por Descartes - e a doxa. Entre os cientistas é cada vez maior oreconhecimento de que mesmo que a verdade tenha sido alcançada não se tem como saberenquanto a pesquisa prosseguir. Na aparência, a filosofia é em alguns autores e em determinadosmomentos de sua história explicativamente mais pretensiosa que em outros. A tese que defendemosé a de que, no fundo, a hybris explicativa é o traço distintivo dos Grandes Sistemas Filosóficos. Aconsciência metacientífica da falibilidade não tem contribuído para diminuir a arrogânciaexplicativa da maioria das filosofias. E se a soberba intelectual tem sido maior no tratamento dasquestões que fomentam disputationes seculares é porque é difícil, ou quiçá impossível, se chegar a umamodalidade de conhecimento sobre os Lebensproblemen. Para piorar, no panoramafilosófico contemporâneo a busca do conhecimento provado tem sido substituída com freqüênciapela arrogância do retorismo, isto é, pelo discurso vazio que tenta se fazer passar por boa filosofia.

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Alberto Oliva
Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Philosophical Investigations.Ludwig Wittgenstein - 1953 - New York, NY, USA: Wiley-Blackwell. Edited by G. E. M. Anscombe.
A Treatise of Human Nature.David Hume & A. D. Lindsay - 1969 - Harmondsworth,: Penguin Books. Edited by Ernest Campbell Mossner.
Tractatus logico-philosophicus.Ludwig Wittgenstein - 1922 - Filosoficky Casopis 52:336-341.

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