Abstract
Atualmente, biotecnologias são empregadas na forma de protocolos a fim de sincronizar o crescimento
folicular e a ovulação, bem como permitir que vacas atuem como receptoras de embriões visando melhorar o potencial
genético do rebanho. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da utilização de implantes intravaginais de
progesterona de 1º, 2º e 3º uso no protocolo de transferência de embriões em tempo fixo (TETF) sobre a taxa de prenhez
em receptoras girolandas. O experimento ocorreu em uma fazenda localizada no município de São Sebastião do
Maranhão (MG). Foram utilizadas 74 vacas submetidas aos seguintes protocolos: No dia 0 (D0) administrou-se 2 ml de
17β-Estradiol e progesterona e foi colocado o implante intravaginal de progesterona. Estes implantes foram colocados
de forma aleatória, sendo de 1° uso (grupo 1; n=15), 2° (grupo 2; n=24) ou 3° (grupo 3; n=35).No D8, os implantes
foram retirados e administrou-se 2 ml PGF2α; 1,5 ml de eCG e 1 ml de 17β-Estradiol e progesterona. A inovulação dos
embriões in vitroo correu no D (16) para todas as vacas que apresentaram um corpo lúteo. As variáveis qualitativas
(prenhe ou não prenhe) foram comparadas em tabelas de contingência e analisadas pelo teste de qui-quadrado a 5% de
probabilidade. Neste estudo não houve diferença estatística entre os grupos protocolados em relação ao aproveitamento
como receptoras: 1º uso (53,3%), 2º (79,2%) e 3º (68,65). Ademais, observou-se uma taxa de prenhez entre os grupos
de 37,5% para o 1º uso, 42,1% para o 2º e 33,3% para o 3º (P>0,05). Dentre as vantagens ao reaproveitamento dos
implantes multiusos destaca-se a redução dos custos dos protocolos hormonais, já que a progesterona é o hormônio
mais oneroso, desta forma, a maximização do uso reduz o valor final do protocolo sem prejuízos a taxa de prenhez.