Abstract
A proposta deste trabalho é mostrar alguns aspectos da contribuição da metáfora para a construção de novas subjetividades mediante a modificação das redes de crenças e desejos humanos na perspectiva do filósofo Richard Rorty. O aporte teórico baseia-se na produção de autores como: Rorty, Davidson e Calder, dentre outros. Rorty sustenta que é a partir da modificação das práticas linguísticas e de outras práticas sociais que novas subjetividades, isto é, novos tipos de seres humanos são produzidos. Nesse processo, somente uma redescrição pode configurar um resposta à outra redescrição, isto porque não existe nenhuma instância a-histórica, universal e absoluta que sirva de ponto neutro para julgar todas as culturas, que no seu entender são vocabulários corporificados. Finalmente, procuramos demonstrar que para Rorty, as compreensões de Freud e Davidson sobre a metáfora permitem novas possibilidades para o uso da linguagem, no sentido de criar novos vocabulários ou práticas linguísticas que contribuem na construção de subjetividades alternativas, provisórias e redescritas.