Discurso 30:159-196 (1999)
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Abstract |
A filosofia identifica duas teses banais sobre as coisas que todos parecemos sustentar: a de que percebemos coisas e a de que essas coisas percebidas existem realmente. Em seguida, a filosofia, ao interpretá-las de maneira rigorosa e ao julgar ver uma contradição entre elas, procurou melhorar esse esquema, substituindo a tese banal (já interpretada pela filosofia) da percepção imediata pela tese da percepção mediata das coisas, sem contudo lograr seu objetivo. Nova tentativa é feita pela filosofia ao substituir a outra tese banal (filosoficamente interpretada), a de que as coisas percebidas existem independentemente de nossa percepção, pela tese de que as coisas reais são dependentes de nós. Mas essa nova tentativa não nos leva muito mais longe do que a tentativa precedente. Em ambos os casos, o realismo degenera em alguma forma de idealismo. Finalmente. a filosofia tenta evitar os problemas presentes nessas várias teorias, ao criticar a tese de que só percebemos imediatamente o que se passa em nós. O resultado dessa discussão é uma versão mais robusta do realismo, que adota aquelas duas teses das quais a discussão partiu, tal como foram interpretadas pela filosofia. No último item, proponho minha visão geral sobre toda a discussão, em que as duas teses triviais são aceitas, sem nenhuma interpretação filosófica, sem justificação e mesmo sem dizer que elas são verdadeiras em qualquer sentido metafísico
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Keywords | percepção, imediato, mediato, realismo, idealismo, ceticismo |
Categories | (categorize this paper) |
DOI | 10.11606/issn.2318-8863.discurso.1999.38031 |
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