Bakhtiniana 17 (2):29-57 (2022)
Abstract |
RESUMO O artigo objetiva defender a índole dialógica da paisagem. Trabalhando na fronteira entre a filosofia bakhtiniana da linguagem e os estudos culturais da paisagem, defendemos que a paisagem não seja estudada sem considerar as formas culturais de comunicação nos diferentes domínios da organização social – os gêneros discursivos; que toda paisagem é encontro semiótico com uma alteridade concreta; que o intérprete que emerge quando uma área entra em relação de representação é necessariamente caracterizado por um cronotopo; que toda paisagem é representação cronotópica; que a geografia cultural reconheça que os aspectos semióticos da paisagem são tão materiais quanto sua morfologia. Partimos da hipótese de que a paisagem é uma representação cronotópica que sempre se realiza através de algum gênero discursivo, pois sempre é um processo comunicativo e de encontro com o outro em uma situação de inter-relação socialmente organizada – é diálogo concreto. Para adentrar à profundeza de seus sentidos, precisa-se reconhecer e compreender sua índole material, histórica, geográfica e dialógica. ABSTRACT This article aims to defend the dialogical nature of the landscape. Working in between the borders of the Bakhtinian philosophy of language and cultural studies on landscape, we defend that landscape study should not be studied without considering the cultural forms of communication in the different domains of social organization– the speech genres; that landscape is a semiotic encounter with a concrete otherness; that the interpreter who emerges when an area enters a relationship of representation is necessarily characterized as a chronotope; that every landscape is a chronotopic representation; that cultural geography recognizes that the semiotic aspects of the landscape are as material as its morphology. We start from the hypothesis that landscape is a chronotopic representation that is always made possible by means of some speech genre, because it is always a communicative process, and an encounter with another in a situation of socially organized interrelation – it is concrete dialogue. To find the deeper meaning of a landscape, one must recognize and understand its material, historical, geographical, and dialogic nature.
|
Keywords | No keywords specified (fix it) |
Categories | (categorize this paper) |
DOI | 10.1590/2176-4573p55082 |
Options |
![]() ![]() ![]() ![]() |
Download options
References found in this work BETA
Olhar e ler: verbo-visualidade em perspectiva dialógica.Beth Brait - 2013 - Bakhtiniana 8 (2):43-66.
Semiotic Study of Landscapes: An Overview From Semiology to Ecosemiotics.Kati Lindström, Kalevi Kull & Hannes Palang - 2011 - Sign Systems Studies 39 (2/4):12-36.
Citations of this work BETA
No citations found.
Similar books and articles
Recognizing the Dialogical Nature of the Landscape: For a Marxist Semiotics.Ítalo César de Moura Soeiro, Ana Rita Sá Carneiro & Siane Gois Cavalcanti Rodrigues - 2022 - Bakhtiniana 17 (2):29-57.
Paisagem: natureza perdida, natureza reencontrada?Adriana Veríssimo Serrão - 2013 - Revista de Filosofia Moderna E Contemporânea 1 (2):07-27.
Indole: An Evolutionarily Conserved Influencer of Behavior Across Kingdoms.Jeffery K. Tomberlin, Tawni L. Crippen, Guoyao Wu, Ashleigh S. Griffin, Thomas K. Wood & Rebecca M. Kilner - 2017 - Bioessays 39 (2):1600203.
Acerca de la teoría marxista de los valores.José Ramón Fabelo Corzo - 1987 - In María del Pilar Díaz Castañón (ed.), Selección de Lecturas de Materialismo Dialéctico I y II. La Habana, Cuba: pp. 219-244.
Acerca de la teoría marxista-leninista de los valores.José Ramón Fabelo Corzo - 1988 - In Felipe Sánchez Linares (ed.), Felipe Sánchez Linares. ¿Es ciencia la filosofía? La Habana, Cuba: pp. 159-183.
Estudio marxista de la conciencia.José Ramón Fabelo Corzo - 1991 - In Felipe Sánchez Linares, Pablo Guadarrama González & Rafael Araujo González (eds.), Lecciones de filosofía marxista-leninista, tomo I. La Habana, Cuba: pp. 216-277.
L. Feuerbach en la crítica marxista. Hacia una reconsideración de su lugar en la discusión marxista actual.Gabriel Amengual - 1985 - Pensamiento 41 (162):201.
Che cosa significa essere marxista - La Questione dell'umanesimo marxista.Adam Schaff - 1980 - Revue de Métaphysique et de Morale 85 (4):549-549.
Che cosa significa essere marxista ; La questione dell'Umanesimo marxista, 2 vol.Adam Schaff - 1979 - Revue Philosophique de la France Et de l'Etranger 169 (2):269-270.
Martin Buber: filosofía dialógica y teología natural.Julio de la Vega-Hazas Ramírez - 2004 - Anales Del Seminario de Historia de la Filosofía 21:61-69.
Paisagem E Erudicão No Humanismo Português: João Rodrigues de Sá de Meneses.Ana María S. Tarrío - 2009 - Fundacão Calouste Gulbenkian.
Morte E Vida Do Lugar: Experiência Política da Paisagem.Eduardo Marandola Jr - 2018 - Pensando - Revista de Filosofia 8 (16):33.
Kant ea estética romântica germânica: Da paisagem de humboldt a geografia científica.Tulio Barbosa & João Osvaldo Rodrigues Nunes - 2011 - Synesis 3 (1):63-85.
Uma Igreja Modernista Na Paisagem da Cidade: Uma Análise Arquitetônica E Patrimonial da Igreja de Tunápolis.Douglas Orestes Franzen & Marciele Wilbert - 2019 - Ágora – Revista de História e Geografia 21 (2):61-72.
Analytics
Added to PP index
2022-05-13
Total views
1 ( #1,545,750 of 2,506,503 )
Recent downloads (6 months)
1 ( #416,791 of 2,506,503 )
2022-05-13
Total views
1 ( #1,545,750 of 2,506,503 )
Recent downloads (6 months)
1 ( #416,791 of 2,506,503 )
How can I increase my downloads?
Downloads
Sorry, there are not enough data points to plot this chart.
Sorry, there are not enough data points to plot this chart.