Abstract
Qual é o objeto da lógica? Seria a arte de bem conduzir o discurso? Mas conduzí-lo para onde, com que finalidade? Haveria uma normatividade independente, que definisse o racional independente do real? É Lacan que pergunta e nos responde no sem. XIX: “eu proponho definir o objeto da lógica como aquilo que produz a necessidade de um discurso. E afirmo que o simbólico, o imaginário e o real se afirmam nos impasses da lógica. ” (LACAN, 2011, p. 40). Muitos comentadores encaram os recursos lógicos de Lacan como uma provocação, mas entendo que não, pois são muito coerentes com seus princípios, tanto lógicos, quanto linguísticos, antropológicos e principalmente matemáticos.