Abstract

One of the challenges tearing contemporary Africa apart includes the tendency of manipulating ethnic identities for private interest. For the author of the article, accordingly, and in order to grasp the root causes of the prevailing ethno-political competition, discrimination, and violence that still prevail in Africa it is necessary to seriously take into consideration the following questions. How is ethnic identity related to the conflict of loyalties and interests? How has the dynamics of ethnic identities fashioned the existing understanding of the common good and political life? Have Christian churches managed to stand above ethnocentrism and the tension it generates? Aim of the article, therefore, is to demonstrate how ill-founded are methodologies that in the search for long-term solutions to the above questions tend to substitute equal citizenship among citizens in favor of the model of exclusion founded upon ethnic affiliation. In other words, the article shows how closely related to concepts like nation-state, citizenship, and common good, problematic as they might be, indeed is and remains the theoretical challenge of integrating cultural identities in the socio-political process of development and democratization in Africa. Segundo o autor do artigo, um dos desafios que dilacera a África contemporânea inclui a tendência para manipular as identidades étnicas em função de interesses privados. Por isso, em ordern a se poder entender quais as causas que estão na ratz da competição etno-política prevalecente, e das múltiplas formas de discriminação e violência, é necessário tomar seriamente em consideração, diz o autor, questões como as seguintes: Como se relaciona a identidade étnica com o conflito de lealdades e de interesses? Como é que a dinâmica das identidades étnicas tem moldado o entendimento do bem comum e da vida política das nações? Até que ponto é que as Igrejas cristãs têm conseguido manter-se acima do etnocentrismo e da tensão que eh gera? O principal objectivo deste artigo, portanto, é demonstrar como estão mal fundamentadas as metodologias que na procura de soluções de longo prazo para as questões acima mencionadas tendem a substituir o princípio da igualdade entre todos os cidadãos por um modelo de exclusão alicerçado na filiação étnica. Por outras palavras, o artigo pretende demonstrar como, de facto, o desafio teórico de integrar identidades culturais diversas no processo sociopolítico de desenvolvimento e de democratização das sociedades em África estão estreitamente ligados a conceitos, e isso por mais problemáticos e necessitados de clarificação que os mesmos sejam, tais como os de Estado-nação, cidadania e Bern comum