O presente artigo visa dar continuidade ao debate levantado no livro Razão Mínima, no qual diversos autores abordam o papel da razão a partir das críticas céticas. A partir de uma explicação do papel das crenças no ceticismo pirrônico, pretende-se analisar qual conceito de razão e de ciência poderiam sobreviver a tais críticas. Será defendida, então, uma visão comunitária de razão e ciência. Nela, o que consideramos racional só pode ser entendido a partir de uma perspectiva coletiva e tipicamente humana.

O livro The Meme Machine, de Susan Blackmore, foi considerado por Dawkins como aquele que leva a memética mais longe. Nesse livro, Blackmore apresenta várias análises meméticas de variados fenômenos,, além disso, procura resolver algumas das questões mais fundamentais da área e apresentar algumas das definições mais utilizadas de conceitos centrais da memética. Por mais importante que seja tal livro, Blackmore comete o erro de ignorar as pesquisas que poderiam fundamentar suas análises e, desse modo, acaba criando narrativas interessantes, mas (...) sem embasamento empírico. (shrink)

Chalmers and Dennett are at opposite sides of the debate on the problem of conciousness. For Chalmres, conciousness is an unquestionable fact that cannot be explained by something else. For Dennett, what exists is really multiple judgements about our conciousness. Each author accuses the other of circularity. This is only possible because the difference between the two theories is actually a difference of principles. The same opposition that we find in their theoretical apparatus we also find on their more fundamental (...) and basic premises. This feature .makes it very difficult to choose one of the two theories, while it also radicalizes the difference bewteen them. On one side we have arguments that can refute intuitions, on the other we find that that one must first scrutinize our intuitions to then create arguments based on them. Between the two extreems we meet with the old dilemma of "what came first?". However, more important than to choose sides is to show how difficult the choice is.Chalmers e Dennett se encontram em lados opostos da discussão do problema da consciência. Para Chalmers, ela é um dado indubitável que não pode ser explicada em termos de outra coisa. Para Dennett, o que existe verdadeiramente são múltiplos julgamentos sobre nossa consciência. Cada um acusa o outro de circularidade. Isto só é possível porque a diferença entre estas duas teorias é verdadeiramente uma diferença de princípios. A mesma oposição que encontramos no aparato teórico encontramos também em suas pressuposições mais básicas e fundamentais. Este fato torna extremamente difícil escolher entre as duas ao mesmo tempo em que radicaliza a diferença entre elas. De um lado temos que argumentos podem refutar intuições, de outro temos que é preciso primeiro sondar nossas intuições para depois criar argumentos a partir delas. Entre um extremo e outro nos encontramos com o velho dilema de "o que vem primeiro?". No entanto, mais importante do que escolher lados é mostrar o quanto é difícil escolher. (shrink)

Chalmers e Dennett se encontram em lados opostos da discussão do problema da consciência. Para Chalmers, ela é um dado indubitável que não pode ser explicada em termos de outra coisa. Para Dennett, o que existe verdadeiramente são múltiplos julgamentos sobre nossa consciência. Cada um acusa o outro de circularidade. Isto só é possível porque a diferença entre estas duas teorias é verdadeiramente uma diferença de princípios. A mesma oposição que encontramos no aparato teórico encontramos também em suas pressuposições mais (...) básicas e fundamentais. Este fato torna extremamente difícil escolher entre as duas ao mesmo tempo em que radicaliza a diferença entre elas. De um lado temos que argumentos podem refutar intuições, de outro temos que é preciso primeiro sondar nossas intuições para depois criar argumentos a partir delas. Entre um extremo e outro nos encontramos com o velho dilema de “o que vem primeiro?”. No entanto, mais importante do que escolher lados é mostrar o quanto é difícil escolher. (shrink)

O conceito de memes surgiu em 1976 com Richard Dawkins, como um análogo culturaldos genes. Deveria ser possível estudar a cultura através do processo de evolução por seleção natural de memes, ou seja, de comportamentos, ideias e conceitos. O filósofo Daniel Dennett utilizou tal conceito como central em sua teoria da consciência e pela primeira vez divulgou para o grande público a possibilidade de uma ciência dos memes chamada "memética". A pesquisadora Susan Blackmore(1999) foi quem mais se aproximou de uma (...) defesa completa de tal teoria. No entanto, a memética sofreu pesadas críticas. (shrink)

O Argumento dos Zumbis proposto por Chalmers, ao contrário de defender o dualismo, bane as qualia para um “mundo” onde elas não podem influenciar o julgamento que fazemos sobre nós mesmos. Por este motivo, pelo próprio argumento, podemos ser um zumbi e não saber. A isso Chalmers chamou de The Paradox of Phenomenal Judgment. O problema é que ele aceita tal paradoxo como parte de sua própria teoria. No entanto, este movimento filosófico não é aceitável e este paradoxo mina a (...) teoria de Chalmers por dentro mostrando que o argumento dos zumbis é, na verdade, um argumento contra o dualismo. Chalmers tenta resolver este problema com uma série de argumentos que tem como base o fato de que a consciência é um bruto explanandum indubitável. No entanto, tal tentativa fracassa por uma série de razões que mostram que mesmo se ele estivesse correto, ainda poderíamos ser um zumbi e não saber. (shrink)

O conceito de memes surgiu em 1976 com Richard Dawkins, como um análogo cultural dos genes. Deveria ser possível estudar a cultura através do processo de evolução por seleção natural de memes, ou seja, de comportamentos, ideias e conceitos. O filósofo Daniel Dennett utilizou tal conceito como central em sua teoria da consciência e pela primeira vez divulgou para o grande público a possibilidade de uma ciência dos memes chamada "memética". A pesquisadora Susan Blackmore (1999) foi quem mais se aproximou (...) de uma defesa completa de tal teoria. No entanto, a memética sofreu pesadas críticas e ainda não se constituiu como uma ciência, com métodos e uma base empírica bem definida. -/- The concept of memes was created by Richard Dawkins in 1976 as a cultural analogue of genes. It suggests the possibility of studying culture through a process of evolution through natural selection of memes, that is, of behaviors, ideas and concepts. The concept became central for the philosopher Daniel Dennett, who employed it in his theory of consciousness and made the possibility of a science of memes, called "memetics", known to the general public. Susan Blackmore (1999) comes closest to giving a complete defense of such a theory. However, memetics has been the target of heavy criticism, and has still not established itself as a science, with specific methods and a well-defined empirical basis. (shrink)

Este trabajo analiza los patrones de desambiguación de presuposiciones que se pueden considerar anafóricas y son generadas por partículas indexicales. En contraste con teorías recientes sobre la presuposición que privilegian la información lexical proponemos un análisis perspectivo de la presuposición según el cual la inferencia por defecto sobre este tipo de información hace uso de la perspectiva de los hablantes. En dos estudios exploramos el patrón de desambiguación de oraciones que contienen la palabra ‘también’ en contextos donde se usa el (...) indéxico ‘yo’. Los resultados confirman nuestra hipótesis y se discuten a la luz las principales ideas sobre presuposición y anáfora. A partir de estos resultados sugerimos algunas direcciones futuras de investigación. (shrink)

The author argues that the individual and group life of Leonard Nelson and his followers constitute a case of philosophy as a way of life in the sense described by Pierre Hadot. Philosophy as a theoretical activity was for Nelson not enough; it had to have a practical effect. Insofar as a philosopher first tries to live according to his philosophy, and in that process looks for a transformation of his own life, we can say that this is a proper (...) case of philosophy as a way of life. How did Nelson's philosophy as a way of life look in more detail? An inspection of the available facts shows that several of the external signs of a philosophical life in antiquity reemerge in the Nelsonian movement. This is the second part of the author's argument that philosophy in Nelson's sense — what he and all his followers called ‘critical philosophy’. (shrink)

Theory change is a central concern in contemporary epistemology and philosophy of science. In this paper, we investigate the relationships between two ongoing research programs providing formal treatments of theory change: the (post-Popperian) approach to verisimilitude and the AGM theory of belief change. We show that appropriately construed accounts emerging from those two lines of epistemological research do yield convergences relative to a specified kind of theories, here labeled “conjunctive”. In this domain, a set of plausible conditions are identified which (...) demonstrably capture the verisimilitudinarian effectiveness of AGM belief change, i.e., its effectiveness in tracking truth approximation. We conclude by indicating some further developments and open issues arising from our results. (shrink)

En su comentario a la Isagoge, Duns Escoto se pregunta dónde se halla el universal: ¿en las cosas o en el intelecto? Caracterizando al universal como universal lógico y accidente intencional de la esencia, en su respuesta se articulan la dimensión ontológica y la dimensión semántica del universal: con el intelecto que lo causa y con la cosa que denomina. Analizaremos estas dos relaciones y las implicaciones que se siguen en el orden de la predicación a partir del ejemplo propuesto (...) por Escoto: «hombre es universal». In his Questions on Porphyry’s Isagoge, Scotus asks about the place of inherence of the universal: ¿is it in the things or in the intellect? Being established the universal as logical universal and intentional accident of the essence, in Scotus’s answer the ontological and the semantical dimensions of the universal are articulated: with the intellect which causes it and with the thing it designates. We will analyse both of these relations and their implications in the order of predication taking into account Scotus’s example «man is universal». (shrink)

This textbook presents the basics of philosophy that are necessary for the student and researcher in science in order to better understand scientific work. The approach is not historical but formative: tools for semantical analysis, ontology of science, epistemology, and scientific ethics are presented in a formal and direct way. The book has two parts: one with the general theory and a second part with application to some problems such as the interpretation of quantum mechanics, the nature of mathematics, and (...) the ontology of spacetime. The book addresses questions such as "What is meaning?", "What is truth?", "What are truth criteria in science?", "What is a theory?", "What is a model?" "What is a datum?", "What is information?", "What does it mean to understand something?", "What is space?", "What is time?", "How are these concepts articulated in science?" "What are values?" "What are the limits of science?", and many more. The philosophical views presented are "scientific" in the sense that they are informed by current science, they are relevant for scientific research, and the method adopted uses the hypothetical-deductive approach that is characteristic of science. The results and conclusions, as any scientific conclusion, are open to revision in the light of future advances. Hence, this philosophical approach opposes to dogmatic philosophy. Supported by end-of-chapter summaries and a list of special symbols used, the material will be of interest for students and researchers in both science and philosophy. The second part will appeal to physicists and mathematicians. (shrink)

In recent years, Cesar Chavez’s life and legacy have been subjected to increased scrutiny. The ensuing reevaluations of Chavez, wittingly or not, are matters of ethical, as well as historical and biographical, concern. This article has two aims. First, it reconstructs Chavez’s account of exemplarity and uses it to assess his legacy. Second, it provides an account of exemplarity situated within social practices. As I argue, exemplarity operates through social practices, rather than mystically as posited by a contagion model. The (...) end result is an ethically nuanced reassessment of Chavez and an account of exemplarity that includes its social dimension. (shrink)

En este trabajo se estudia la concepción de la filosofía y el método de la exageración propuesto por Günther Anders en su obra en dos volúmenes La obsolescencia del hombre (1956-1980). Si temáticamente el centro de la obra es la preocupación por la posible autodestrucción de la humanidad en la época atómica; Anders también propone una comprensión de la filosofía y de su método como correlato operatorio de dicha posible aniquilación. Esta revisión de la filosofía y su método constituyen la (...) justificación del tratamiento filosófico de la posibilidad de la autodestrucción de la humanidad. (shrink)

I present a discussion of some issues in the ontology of spacetime. After a characterisation of the controversies among relationists, substantivalists, eternalists, and presentists, I offer a new argument for rejecting presentism, the doctrine that only present objects exist. Then, I outline and defend a form of spacetime realism that I call event substantivalism. I propose an ontological theory for the emergence of spacetime from more basic entities. Finally, I argue that a relational theory of pre-geometric entities can give rise (...) to substantival spacetime in such a way that relationism and substantivalism are not necessarily opposed positions, but rather complementary. In an appendix I give axiomatic formulations of my ontological views. (shrink)

A supertask consists in the performance of an infinite number of actions in a finite time. I show that any attempt to carry out a supertask will produce a divergence of the curvature of spacetime, resulting in the formation of a black hole. I maintain that supertaks, contrarily to a popular view among philosophers, are physically impossible. Supertasks, literally, collapse under their own weight.

I argue for a four dimensional, non-dynamical view of space-time, where becoming is not an intrinsic property of reality. This view has many features in common with the Parmenidean conception of the universe. I discuss some recent objections to this position and I offer a comparison of the Parmenidean space-time with an interpretation of Heraclitus’ thought that presents no major antagonism.

This paper first illustrates what kind of ethical issues arise from the new information, communication and automation technology. It then argues that we may embrace the popular idea that technology is ethically neutral or even ambivalent without having to close our eyes to those issues and in fact, that the ethical neutrality of technology makes them all the more urgent. Finally, it suggests that the widely ignored fact of normal responsible behaviour offers a new and fruitful starting point for any (...) future thinking about such issues. (shrink)

Black holes are extremely relativistic objects. Physical processes around them occur in a regime where the gravitational field is extremely intense. Under such conditions, our representations of space, time, gravity, and thermodynamics are pushed to their limits. In such a situation philosophical issues naturally arise. In this chapter I review some philosophical questions related to black holes. In particular, the relevance of black holes for the metaphysical dispute between presentists and eternalists, the origin of the second law of thermadynamics and (...) its relation to black holes, the problem of information, black holes and hypercomputing, the nature of determinsim, and the breakdown of predictability in black hole space-times. I maintain that black hole physics can be used to illuminate some important problems in the border between science and philosophy, either epistemology and ontology. (shrink)

IT es una novela de terror publicada en 1986 por el escritor estadounidense Stephen King. La historia sigue a un grupo de siete amigos, el Club de los Perdedores, mientras son aterrorizados por un ente sobrenatural. IT explota los miedos y fobias de sus víctimas para disfrazarse al cazar a sus presas. El principal objetivo de este trabajo es demostrar que el trauma infantil es el principal factor de terror en la novela, esto a través de tres tangentes distintas presentes (...) en la obra: la falta de memoria, la ansiedad excesiva y la inmadurez emocional severa. (shrink)

En este artículo se presenta una caracterización del concepto de falacia, con énfasis en la llamada ‘falacia de apelación a lo natural’. Se explica el alcance de esta falacia, y su peligrosidad, en particular en el ámbito de las ciencias de la salud y de alimentos.

This book explores the strong links between sustainability and the humanities, which go beyond the inclusion of social sciences in discussions on sustainability, and offers a holistic discussion on the intellectual and moral aspects of sustainable development. The contributions from researchers in the fields of education, social sciences, religion, humanities, and sustainable development fulfill three main aims: They provide university lecturers interested in humanities and sustainable development with an opportunity to present their work; foster the exchange of information, ideas and (...) experiences acquired in the execution of teaching and research; and discuss methodological approaches and projects that provide a better understanding of how the humanities can contribute to the debate on sustainable development. Prepared by the Inter-University Sustainable Development Research Programme and the World Sustainable Development Research and Transfer Centre, the book reiterates the need to promote integrated approaches to sustainable development. Including practice-based lessons learnt that can be replicated further, it is a valuable resource for scientists and practitioners working in the humanities and sustainable development. (shrink)