Desde Schopenhauer e Nietzsche até os nossos dias, através de interpretações de cunho ontoteológico, a análise transcendental do uso prático da razão é vista como momento em que a radicalidade da Crítica kantiana cederia espaço a uma introdução arbitrária da religião, revelando assim o motivo mais fundamental da filosofia de Kant. Uma análise apurada do “Apêndice à Crítica do Juízo teleológico” pode revelar, ao contrário, que o uso prático da razão não é entendido por Kant senão como (...) momento em que a finitude da razão se explicita mais radicalmente, deslocando conceitos da teologia para o interior da filosofia e revertendo a relação entre a racionalidade e a fé. (shrink)
Kant considered pure reason to be transcendentally free in its legislative ability. I argue that this transcendental freedom is consistent with an naturalist ontologythat recognizes the existence only of objects in space and time. I show that Kant is committed to the natural faculty of empirical reasonwhich would function as part of the natural causal order. I then argue that pure reason is the structure, discovered by transcendental arguments, of that same faculty. The structure of pure reason is (...) embodied in particular instances of empirical reason. Transcendental freedom of pure reason is the fact that its structure is determined independently of the causal order — in the case of pure practical reason, bymeans of arguments about the very possibility of deliberative action — and this structure contributes to the causal order by means of the causal efficacy of empirical reason. I then discuss the effect this view has on the question of whether Kant is a moral realist. (shrink)
O objetivo deste trabalho é demonstrar que os estudos de antropologia de Kant não constituem um agregado de elementos isolados senão que respondem a uma ordem sistemática de conhecimento estabelecido pelo plano da filosofia transcendental. Isso significa que a Antropologia está definida por um objeto sobre o qual se aplicam um conjunto de predicados segundo a ordem das capacidades, temperamentos e disposições. Porém, isto se faz a partir da possibilidade de uma proposição sintética a priori fundamental, a saber: “o (...) homem é cidadão do mundo”. Essa predicação conforma outras proposições sintéticas. Ditas proposições possuem características sui generis. Não são apenas predicações sobre objetos empíricos, mas não desconhecem as particularidades das observações da experiência; não referem diretamente à lei moral, mas não a desconhecem na constituição de seu objeto. Assim sendo, aqui se propõe uma interpretação sistemática do lugar, definição, divisão, objeto e método da Antropologia. Para poder chegar a isto, primeiro, avaliaremos a literatura secundária sobre o tema, segundo, formularemos com especificidade nosso problema e, terceiro, desenvolveremos a solução.The objective of this paper is to demonstrate that Kant’s studies of anthropology are not an aggregate of isolated elements but rather that they correspond to a systematic order of knowledge established by the project of transcendental philosophy. This means that Anthropology is defined by an object to which a conjunction of predicates are applied according to the order of their capabilities, temperaments, and dispositions. However, this comes as a result of the possibility of an a priori fundamental, synthetic proposition, specifically: “man is a citizen of the world.” This predication suits other synthetic propositions. These propositions have some sui generis characteristics. They are not merely predications about empirical objects, but they do not ignore the particularities of experience’s observations; they do not refer directly to moral law, but they are not ignorant of it in the constitution of its object. Being thus, a systematic interpretation of place, definition, division, object, and method of Anthropology is herein proposed according to a logical-semantic analysis of its fundamental proposition. In order to arrive at this interpretation, we will first make use of the secondary literature available on the topic. Second, we will formulate our problem in greater detail. Finally, we will develop the solution. (shrink)
Kant estruturou sua filosofia de modo a manter a possibilidade de afirmarmos que somos seres pertencentes ao mundo sensível e, enquanto tais, termos todos os nossos comportamentos explicados de um modo natural; todavia, ele também sustentou que somos seres com uma capacidade racional de representação de um dever ser do mundo, capacidade que nos permite termos todas as nossas decisões avaliadas de uma maneira que independe de como o mundo realmente é. Neste trabalho, examinaremos a posição de Kant em alguns (...) textos da primeira Crítica em que se diferencia a liberdade transcendental, ou liberdade como espontaneidade, da liberdade prática entendida como livre-arbítrio, que pode se determinar por representações da razão. Com base nos textos e em comentários de Allison, veremos que a liberdade em sentido práticoé diferenciada da liberdade em sentido cosmológico, sendo, por um lado, compatívelcom o determinismo das causas naturais, que opera com a explicação dos fenômenos; mas, por outro lado, a concepção de Kant mantém ou subsume uma noção comum de liberdade humana, aquela da deliberação e decisão responsável, já que o livre-arbítrio não será patologicamente determinado por motivos sensíveis imediatos. “A questão em torno da liberdade transcendental concerne unicamente ao saber especulativo, e podemos pô-la de lado como totalmente indiferente quando estamos à volta com o [problema] prático”. (shrink)
Kant estruturou sua filosofia de modo a manter a possibilidade de afirmarmos que somos seres pertencentes ao mundo sensível e, enquanto tais, termos todos os nossos comportamentos explicados de um modo natural; todavia, ele também sustentou que somos seres com uma capacidade racional de representação de um dever ser do mundo, capacidade que nos permite termos todas as nossas decisões avaliadas de uma maneira que independe de como o mundo realmente é. Neste trabalho, examinaremos a posição de Kant em alguns (...) textos da primeira Crítica em que se diferencia a liberdade transcendental, ou liberdade como espontaneidade, da liberdade prática entendida como livre-arbítrio, que pode se determinar por representações da razão. Com base nos textos e em comentários de Allison, veremos que a liberdade em sentido práticoé diferenciada da liberdade em sentido cosmológico, sendo, por um lado, compatívelcom o determinismo das causas naturais, que opera com a explicação dos fenômenos; mas, por outro lado, a concepção de Kant mantém ou subsume uma noção comum de liberdade humana, aquela da deliberação e decisão responsável, já que o livre-arbítrio não será patologicamente determinado por motivos sensíveis imediatos. “A questão em torno da liberdade transcendental concerne unicamente ao saber especulativo, e podemos pô-la de lado como totalmente indiferente quando estamos à volta com o [problema] prático”. (shrink)
Este trabalho apresenta uma interpretação abrangente e sistemática do significado e da legitimidade dos conceitos de precisão, interesse, esperança e crença no interior da filosofia kantiana. A análise desses conceitos está diretamente vinculada à discussão acerca da natureza da razão prática pura, da legitimidade do conceito de sumo bem e da unidade arquitetônica da razão. Defende-se que tanto os conceitos de precisão e interesse, assim como os conceitos de crença e esperança possuem legitimidade transcendental e concordam com (...) as bases da filosofia crítica. (shrink)
Neste trabalho, investiga-se a reconstrução apeliana da controvérsia, entre Habermas e o próprio Apel, acerca da fundamentação e relação entre a moral e o direito, enquanto concepção procedimental discursiva da filosofia prática. Assim, objetiva-se mostrar a relação – metodologicamente importante – do discurso filosófico no trato específico para a arquitetônica da ética do discurso. Defende-se a hipótese de que o debate e controvérsia entre ambos os programas da ética do discurso decorrem fundamentalmente do modo diferenciado de tematizar a relação metodológica (...) entre enunciados filosóficos e enunciados das ciências sócio-reconstrutivas, empíricas, e que essa diferença de abordagem é relevante na forma distinta de tratarem a moral e conceberem o conceito de razão prática, que culmina na compreensão desta como razão prática moral ou não prescritiva, bem como, o problema da sua unidade e/ou quanto de sua especificação. Para Apel, é importante a determinação dessa relação metodológica, pois a partir dessa reflexão efetivar-se-á, na teoria discursiva, uma cisão entre dois modos fundamentais de pensar a fundamentação e relação entre a moral, o direito e a política. (shrink)
A intenção deste texto é articular dois temas pouco trabalhados juntos nas interpretações de Kant, embora sejam, segundo nosso entendimento, de fundamental importância para uma plena compreensão da filosofia kantiana e do conhecimento filosófico em geral: a disciplina da razão pura e a filosofia teórica. Pretendemos nos utilizar de algumas outras noções, no entanto, para responder a seguinte pergunta: é possível a formação sem a disciplina filosófica? Isto é, seria possível uma formação teórica sem uma disciplina ou uma “contribuição (...) negativa” proveniente da filosofia? O conceito de formação está, segundo gostaríamos de defender, de um ponto de vista teórico, associado intrinsecamente à disciplina da razão. Assim, indicando como esta é, em geral, relacionada, nas interpretações de Kant, apenas com a pedagogia e com a filosofia prática, gostaríamos de, indo no sentido contrário, tratar do lugar da disciplina da razão em relação ao conceito de formação em seu sentido teórico, isto é, de fundamentação do conhecimento. A disciplina da razão pura revela-se, portanto, uma condição necessária para o filosofar e para a formação do conhecimento em geral. (shrink)
This article deals with the importance that Foucault attributes to the Critic of Pure Reason, in his book, The Order of Things . According to Foucault, the Critic occupies a symbolic place because of the problematic of finitude that this work inaugurates in the history of philosophy. First of all, Kant thinks about finitude from itself, and this differentiates him from Descartes, to whom this concept is referred to the infinite. Then, the Kantian finite transcendental subject is not an (...) empirical one, in contrast to the modern analyses of finitude, which confuse the empirical with the transcendental. In this respect, the Critic does not belong to the Classical Age any longer, because it bypasses the representation. But it cannot be included in the modern analyses of finitude either, such as those of the naturalistic positivism, the dialectic, and the phenomenology. Foucault thus suggests that the Critic brings with itself the possibility of an anthropology, in the sense it is a thought that imparts a transcendental value to the empirical contents, even if it does not belong to them. (shrink)
O legado filosófico kantiano, traçado com os recursos da metafísica crítica, só manterá uma fisionomia distinta à luz dos pósteros, se as interfaces de sua arquitetônica forem semanticamente demarcadas, os objetos metodicamente referidos e os problemas corretamente solucionados. No âmbito da razão prática, o desempenho filosófico de Kant presta contas a um significado duplamente bifurcado de obrigatoriedade e legislação, vale dizer, considerar o homem como auctor obligationis e, simultaneamente, como subjectum obligationis , para então examinar, por um lado, sua (...) identidade numérica como um ator de deveres e, por outro, encarar o mesmo sujeito enquanto esteio de direitos, contraposto externamente ao primeiro na figura de um sujeito de direitos. (shrink)
Na Crítica da Razão Pura e em outros lugares, Kant apresenta uma aguda distinção entre natureza e razão prática. De acordo com Kant, não é possível deduzir ou derivar todos os sentidos dos imperativos morais dos conhecimentos empíricos sobre o mundo. Alguns intérpretes (como John MacDowell) argumentam que a concepção de razão prática em Kant pode ser ilusória se baseada em uma visão da natureza indefinida, decorrente de um ponto de vista newtoniano. Nesse texto discutirei a relação (...) entre razão prática e natureza na Crítica da faculdade de julgar de Kant. Argumentarei que na segunda parte da obra, Kant introduz um conceito de natureza muito mais rico que as críticas lhe têm atribuído. (shrink)
A filosofia crítica apoia-se na noção de representação, de ponta a ponta, como fundamento de sua investigação. Essa noção, contudo, acaba por tornar-se um problema na Dedução Transcendental da Crítica da razão pura, ponto de partida de pelo menos duas tradições distintas de apropriação da filosofia kantiana: a epistemologia e o idealism absoluto. Para compreender os momentos estruturais do problema representação, tal como se apresenta na Dedução Transcendental, recuamos para duas etapas da trajetória kantiana, de algum modo (...) pressupostas pela primeira Crítica: a Reflexão 1676 e a carta de Kant a Herz, de 21 fevereiro de 1772. A determinação da estrutura geral do problema permitirá, por fim, aferir os compromissos teóricos que assumem cada uma das duas tradições de leituras da Dedução Transcendental. (shrink)
No presente trabalho será demonstrada a estreita, embora discreta, relação da filosofia moral de Kant com a ética antiga, especialmente com o estoicismo de Cícero. O tema será explicitado mediante uma aproximação entre as obras da Crítica da razão prática e Sobre os fins (De finibus), respectivamente de cada um desses autores. Será destacada a crítica de Kant à identificação entre virtude e felicidade e sua reformulação sintética no conceito de sumo bem. Na conclusão se torna claro que a (...) realização moral da razão, reivindicada por Cícero, encontra na reformulação de Kant sua determinação mais precisa. The crises of practical reason and stoicismThe present paper shows the close albeit subtle relation of Kants moral philosophy to ancient ethics, especially Ciceros Stoicism. The subject is made explicit by means of a rapprochement between the Critique of practical reason and De finibus, so as to be highlight Kants criticism of the classical identifying of virtue and happiness and his synthetical recasting of the concept of the supreme good. The essay concludes by making clear that the moral actualization of reason, reclaimed by Cicero, finds in Kants reformulation its most precise determination. (shrink)
Este artigo apresenta a crítica radical de Hegel na Fenomenologia do Espírito à teologia moral dos postulados da razão pràtica kantiana. Hegel os reconstrói como projeções resultantes da contradição da consciência moral, que, ao termo da experiência que ela perfaz de si mesma mediante a sua objetivação na "visão moral do mundo'', é compelida a confessar a sua hipocrisia. Depois de uma caracterização sucinta da antinomia e dos postulados da razão pràtica, bem como das principais teses da sua (...) reconstrução crítica por Hegel, analisa-se a contradição da consciência moral, concebida como puro dever, que é a matriz dos postulados, e aborda- se detalhadamente a. série de "deslocamentos dissimuladores" que articulam os dualismos e as oposições em que essa contradição fundamental se desdobra, e cuja resolução representativa é projetada nos três postulados. Por fim mostra-se que o colapso da "vi_são moral do mundo" conduz a consciência moral à experiência da sua hipocrisia e à sua superação na autocerteza moral subjetiva, que antecipa a sua auto-supressão e a superação da moralidade. (shrink)
resumo No presente trabalho será demonstrada a estreita, embora discreta, relação da filosofia moral de Kant com a ética antiga, especialmente com o estoicismo de Cícero. O tema será explicitado mediante uma aproximação entre as obras da Crítica da razão prática e Sobre os fins, respectivamente de cada um desses autores. Será destacada a crítica de Kant à identificação entre virtude e felicidade e sua reformulação sintética no conceito de “sumo bem”. Na conclusão se torna claro que a realização (...) moral da razão, reivindicada por Cícero, encontra na reformulação de Kant sua determinação mais precisa. palavras-chave estoicismo – idéia – razão – sumo bem – virtude – felicidade. (shrink)
O estabelecimento de um paralelismo entre razão teórica e razão prática permite explicitar o âmbito de cada uma delas. A restrição do uso da razão assegura, por um lado, o caminho seguro da ciência e mostra, por outro lado, que há um uso prático da razão - a moral, isto é, que ela pode determinar imediatamente à vontade.
O presente artigo tem como objetivo mostrar que a teoria kantiana da possibilidade de juízos a priori, o conteúdo essencial da sua crítica da razão pura, foi elaborada no intuito de garantir a solubilidade dos problemas necessários da razão pura e que essa teoria pode ser interpretada como uma semântica transcendental (a priori). The problems of pure reason and the transcendental semanticsThis article aims at showing that Kant´s theory of possibility of a priori judgments, which is (...) the essential content of his critique of pure reason, was elaborated in order to guarantee the solubility of necessary problems of pure reason and that this theory can be interpreted as atranscendental semantics. (shrink)
Trata-se de uma investigação sobre a teoria dos primeiros princípios da razão prática na obra de Tomás de Aquino. No centro dessa teoria está o termo “sindérese”, cujo conteúdo foi elaborado nas discussões da filosofia e da teologia medievais, a partir de sua menção na Glosa de Jerônimo a Ezequiel. Tal termo designa um conceito que apresenta um caráter inovador dentro da teoria da ação moral em comparação com a ética aristotélica. Afinal, Tomás de Aquino o entende como o (...) hábito dos primeiros princípios da moral, equivalente ao hábito dos primeiros princípios teóricos de Aristóteles. Dessa forma, o interesse é compreender como o conceito de sindérese é recebido e desenvolvido na filosofia moral de Tomás de Aquino através da análise das três questões tradicionais: de sua natureza, de sua infalibilidade e de sua extinção. (shrink)
RESUMO Neste artigo, busco identificar, por meio de algumas passagens da "Fundamentação da Metafísica dos Costumes" e da "Crítica da Razão Prática", o debate de Kant com a Filosofia Prática Universal de Wolff. Em um primeiro momento, apresento, de forma sucinta, alguns aspectos gerais da metafísica e da ética wolffiana com o intuito de, em um segundo momento, explicitar como algumas considerações de Kant, em suas duas primeiras obras morais, incidem diretamente nas teses de seu predecessor. A crítica de (...) Kant é apresentada nas seguintes etapas. Primeiro, destaco, diante das teses de Wolff, o argumento kantiano sobre a impossibilidade de se estabelecerem os princípios da faculdade superior de apetição e da obrigação moral a partir do prazer baseado nas representações e, por conseguinte, no princípio da felicidade. Em um segundo momento, sublinho a reivindicação kantiana de uma razão prática pura como a única base da faculdade superior de apetição. A partir disso, é notável o surgimento dos novos conceitos kantianos de lei formal, de liberdade e de perfeição moral. Por último, destaco, ainda em diálogo com Wolff, como a razão prática pura, compreendida como faculdade superior de apetição, pode representar não apenas as bases da necessidade moral, mas também uma fonte adequada de motivação. ABSTRACT In this Paper, I seek to identify Kant's debate with Wolff`s Universal Practical Philosophy in some passages of the "Foundations of Metaphysics of Morals" and of the "Critique of Practical Reason". At first, I briefly present some general aspects of Wolff`s metaphysics and ethics aiming at, in a second step, stressing how some of Kant's considerations, in his first two moral works, have a direct impact on the theses of his predecessor. First, stressing the discussion with Wolff, I highlight Kant's argument about the impossibility of establishing the principles of the superior faculty of desire and of moral obligation from the pleasure on the representations and, therefore, in the principle of happiness. In a second step, I stress the Kantian claim of pure practical reason as the basis of the superior faculty of desire. Thence, I show how the new Kantian concepts of formal law, freedom and moral perfection emerge. Finally, I highlight, still in a dialogue with Wolff, how the pure practical reason may represent not only the foundations of moral necessity, but also how it may be a proper source of motivation. (shrink)
Este artigo concerne três questões: a concepção kantiana da política, a sua relação com a doutrina do direito e o papel da Urteilskraft na esfera da política. No § 1 sublinha-se que a perspectiva kantiana é caracterizada por uma flexibilidade contextual que permite de realizar o modelo normativo da Rechtslehre em diversas circunstâncias culturais: à política diz respeito, de fato, o como ‘traduzir’ as prescrições do direito em princípios contextuais que se adaptem corretamente a uma determinada comunidade humana. No § (...) 2 analisa- se o papel da capacidade de juízo enquanto instrumento capaz de compreender as especificidades do contexto no qual se realizam as reformas políticas solicitadas pela razão pratica; a propósito será evidenciado que através da reflektierende Urteilskraft é possível construir regras que refletem as peculiaridades do contexto ao qual são aplicadas as normas a priori do direito. (shrink)
This paper´s aim is to outline the foundation of Paul Ricœur´s ethics, which we believe to be a hermeneutical experience of recognition of existence´s original claim, a thesis that he takes from his master Jean Nabert. Although the question of recognition appears only in the last work of Ricœur, we hold that it is already present since the earliest works, particularly in The Symbolism of Evil , insofar as, through symbolic language, the contrasting experience of evil leads to the whole (...) hermeneutical process of recognition and interpretation of an original affirmation, despite evil. The very theme of man´s capability, including the issue of self-esteem, shall be understood on the basis of this original affirmation, which reveals his plural condition in the plan of responsibility in the context of applied ethics. (shrink)
The chapter discusses Quentin Meillassoux's recent interpretation and critique of Heidegger's philosophical position, which he describes as "strong correlationism." It emphasizes the fact that Meillassoux situates Heidegger in the post-Kantian tradition of transcendental idealism that he defines in terms of a focus on the correlation between being and thinking. It is argued that Meillassoux's "speculative" attempt to overcome the Kantian philosophical framework in the name of absolute contingency should be understood as a further development and dialectical overcoming of its (...) ultimate contemporary form, the Heideggerian philosophy of finitude. (shrink)
This article intend to elucidate how Wilhelm Windelband employed the Kantian critic method without devoid its typical features, going through this, what is fundamental for the approach from speculative reason to practical reason would be identified. We understand that practical reason, as a theoretical interest, is prefigured on the first critic, and that the Kantian system suffers mutations until his second critic formulation. Windelband’s critical view, can offer the tips of how to interpreter Kant’s passage from speculative to practical reason, (...) observing the elements witch are kept, as constant elements, the third antinomy for stance, and witch one changes among the course, as the ideas of liberty and nature in both theoretical and practical sense. Windelband can unfold to notice those variations and help to understand them in the development of Kantian theories as elements not contradictories with the canon of speculative reason. (shrink)
Examinaremos como surge, na Kritik der Urteilskraft, a discussão acerca do belo como símbolo do bem moral, a saber: na Dialética da faculdade de julgar estética, na segunda divisão da Crítica da faculdade de julgar estética. Traçaremos paralelo entre a antinomia do gosto e sua resolução com a antinomia da razão prática, tal como apresentada na Kritik der praktischen Vernunft. Pretendemos mostrar como ambas fazem recurso à distinção entre fenômenos e coisas em si como fonte de sua resolução. Discutiremos, (...) em seguida, como Kant apresenta a necessidade de sensibilização de ideias estéticas, e como o simbolismo permite tal feito. Além disso, vincularemos tais passos da argumentação de Kant à defesa do idealismo da finalidade. (shrink)
O artigo argumenta em favor da atualidade da ética husserliana a partir de três eixos temáticos, que se complementam: a relaçáo entre razáo teórica e razáo prática no interior da fenomenologia, o conceito de humanidade autêntica e, finalmente, a reflexáo fenomenológica sobre a esfera do estrangeiro. Parte-se do pressuposto segundo o qual o pensamento de Husserl abre caminho para uma superaçáo de duas atitudes éticas radicais: o ceticismo de caráter biológico e o universalismo abstrato.
This book integrates pragmatism and transcendental philosophy in examining the most serious problem defining the human condition, death and mortality. Its analysis of human limits and finitude is intended to be relevant to the concerns of philosophers specializing in, for example, transcendental philosophy, philosophical anthropology, pragmatism, Wittgenstein, and the philosophy of religion. Mortality is studied as providing a necessary framework within which questions concerning the meaningfulness or meaninglessness of human life become possible.
A busca pela felicidade está naturalmente presente como um ideal a ser alcançado por cada indivíduo da espécie humana. Kant, em sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, pretende buscar e estabelecer o princípio supremo da moralidade e esclarece que para esse fim o ideal da felicidade não apresenta condições de fundamentar as leis da moralidade. Na obra Crítica da Razão Prática, Kant sustenta essa mesma posição, mas introduz o objeto do soberano bem, referente ao qual, a felicidade é (...) o seu segundo elemento, mas condicionada às leis da moralidade e entendida como elemento necessário do soberano bem. O objetivo deste trabalho é realizar uma breve reflexão sobre a importância da felicidade na teoria moral kantiana, enfatizando a relação estabelecida entre a moralidade e a felicidade no conceito do soberano bem. Pretendemos defender que embora o princípio da moralidade e o princípio da felicidade própria fundamentam-se em princípios diferentes, há possibilidades de conciliar a busca da felicidade própria com a realização das ações morais. Palavras-chave: Felicidade. Moralidade. Soberano bem. Imperativo categórico. Imperativo hipotético. (shrink)
O artigo trata da relação entre pensamento transcendental, aplicação e natureza nas reflexões de G. Bardili, K. L. Reinhold e J. G. Fichte, entre 1799 e 1801. Após uma primeira discussão das críticas à filosofia transcendental formuladas por Reinhold e Bardili, são analisados os pressupostos da filosofia da natureza apresentada no Grundriss bardiliano e avaliada a expansão que aí opera a fenomenologia concebida por Reinhold no IV tomo dos Beyträge zur leichtern Übersicht des Zustandes der Philosophie beym Anfänge (...) des 19. Jahrhunderts. Por fim, se discute a posição que Fichte assume com respeito a estas tentativas nos apontamentos preparatórios à revisão do Grundriss bardiliano e nas Teses explicativas da essência dos animais, comparando-as aos desenvolvimentos sucessivos da sua reflexão sobre a natureza. (shrink)
Neste artigo introdutório pretendo contribuir com o debate a respeito da importância das discussões sobre a “antropologia” em Kant, na medida em que compreendo que a relação dessa com outras regiões do pensamento kantiano pode produzir uma interpretação mais próxima entre a filosofia de Kant e a realidade concreta. Para cumprir esse intento, sugiro que existe a possibilidade de se pensar a Filosofia Crítica sustentada por uma “teoria da subjetividade” que se aproxima de uma “reflexão transcendental sobre o homem”, (...) a qual permitiria certa “sistematicidade orgânica” à filosofia kantiana. Proponho igualmente os temas do conceito kantiano de filosofia e da constituição do problema do “transcendental” como elementos que auxiliam essa compreensão. (shrink)
A experiência é apenas um estado instantâneo de impressão sensível nisso que tem a experiência. Esta expressão resume a substância epistemológica do que constitui a posição empiricista polarizada na forma de pensamento paradigmatizada por David Hume e acriticamente aceite por Immanuel Kant. Tal posição, ao invés da tese aristotélica, impede qualquer modo trans-sensível, logo, trans-material de pensamento. A metafísica torna-se impossível. Kant procura ultrapassar esta impossibilidade através da criação de uma construção lógico-epistemológica que designa como arquitectónica transcendental. O mundo (...) em que o transcendentalismo kantiano pôs a intelectualidade a viver é um mundo reduzido a um jogo lógico, insubstante para além de si próprio, num solipsismo que condena o ser humano a viver definitivamente alienado de uma realidade que não seja a de seu próprio pensamento. A sua proposta de superação deste novo impasse através de uma teoria da acção cai na contradição de postular teoricamente algo que a razão nunca pode postular, pois não há ou pode haver qualquer referência empírica. A verdade da razão teórica impede a verdade quer da razão prática quer da razão estética. (shrink)
Transcendental Guilt challenges traditional ways of understanding moral philosophy by proposing, instead of mainstream ethical theorizing, a serious moral reflection on our ethical finitude, focusing on the concept of guilt. It argues that guilt plays a "transcendental" role in our ethical lives by being constitutive of the seriousness characteristic of the moral point of view.
NA PRIMEIRA PARTE DO PRESENTE ARTIGO, COMEÇO POR UM ESBOÇO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE LIBERDADE, MORAL E MUNDO EM KANT. NA SEGUNDA PARTE DISCUTO OS EXEMPLOS DE CHRISTIAN WOLFF E CHRISTIAN AUGUST CRUSIUS COMO DUAS VERSÕES MODERNAS DO INDIFFERENTISMUS MORAL. NA TERCEIRA PARTE, PROPONHO A IDÉIA DE QUE A CONCEPÇÃO DE DEVER MORAL, EXPLICITADA POR KANT NOS ANOS 1780 E 90, PRESSUPÕE A LIBERDADE HUMANA DE PODER ESCOLHER ENTRE UMA AÇÃO POR DEVER, UMA AÇÃO CONFORME AO DEVER E UMA CONTRÁRIA (...) AO DEVER. NA QUARTA E ÚLTIMA PARTE, POR FIM, TENTAREI MOSTRAR QUE A CRÍTICA DE KANT À CONCEPÇÃO DA LIBERTAS INDIFFERENTIAE NA METAFÍSICA DOS COSTUMES NÃO ESTÁ EM CONTRADIÇÃO COM SUA IDÉIA DE QUE, DO PONTO DE VISTA MORAL, O HOMEM PODE E TEM DE SE DETERMINAR LIVREMENTE À AÇÃO. CERTAMENTE ESSA INTERPRETAÇÃO CONDUZ A ALGO COMO UMA DISCRETA ANTINOMIA DA RAZÃO PURA PRÁTICA, EMBORA ESTA NÃO SEJA UMA DENOMINAÇÃO DO PRÓPRIO KANT. (shrink)
O postulado prático da existência de Deus é problemático por várias razões: primeiro, Kant nega que ele proporciona qualquer cognição da natureza ou existência de Deus como um ser em si; segundo, ele salienta a natureza prática do postulado contribuindo para o desempenho de nossos deveres; e, terceiro, Kant parece mesmo algumas vezes indicar que nosso postulado de Deus não corresponde a nenhuma realidade, mas é um mero pensamento. No meu trabalho, eu sustento o argumento que o postulado de Kant (...) de Deus pode ser melhor entendido como um conceito sem extensão que serve para unificar vários outros conceitos e obrigações morais mas que ele próprio não tem referência. Eu sustento esse argumento apontando para a relação do postulado para o propósito da filosofia prática, em oposição à teórica e pelo exame da função regulativa da razão em geral e invocando a teologia construtivista contemporânea. A fim de mostrar este ponto eu primeiro analiso a natureza de um postulado comparando postulados a hipóteses transcendentais e crenças da Crítica da Razão Pura. Em segundo lugar, eu examino o uso que Kant faz do postulado da existência de Deus como sendo “imanente... para propósitos práticos” e “somente em referência à lei moral e em função dela” na Crítica da Razão Prática. Terceiro, eu procuro pela função que o postulado de Deus desempenha no Opus Postumum e em outros textos de 1790 para mostrar que Kant chegou mais e mais a argumentar pelo papel funcional ao invés do referencial desse postulado. Ao longo do trabalho, eu discuto a natureza da filosofia prática – direcionada ao uso livre das nossas vontades – como sendo distinta da filosofia teórica – dirigida ao conhecimento dos objetos. Eu mostro como essa solução pode fazer Kant um naturalista metafísico. Eu também entro em questões contemporâneas da teologia relacionadas com o papel humano na construção de sistemas conceituais para ajudá-los a fazer sentido ao mundo que eles experienciam no contexto de um mistério maior que desafia a conceitualização.Kant’s practical postulate for the existence of God is puzzling for several reasons: first, he denies that it provides any cognition of the existence or nature of God as a being in itself, second, Kant stresses the practical nature of the postulate as contributing to performance of our duties, and third, Kant even seems on occasion to indicate that our postulate of God does not correspond to any reality but is a merely a thought. In my paper I advance the argument that Kant’s postulate of God is best understood as an extensionless concept that serves to unify various other moral concepts and moral obligations but that has no referent itself. I make this argument by noting the relation of the postulate to the purpose of practical, as opposed to theoretical, philosophy, and by examination of the regulative role of reason in general, and by invoking contemporary constructivist theology. In order to show this point I first examine the nature of a postulate by comparing postulates to transcendental hypotheses and to beliefs from the Critique of Pure Reason. I second examine the use to which Kant puts the postulate of the existence of God as “immanent . . . for practical purposes” and “only in reference to the moral law and for the sake of it” in the Critique of Practical Reason. Third, I look at the role that the postulate of God plays in Kant’s Opus Postumum and other texts from the 1790s to show that Kant came more and more to argue that the postulates have this functional rather than referential role. Throughout the paper I discuss the nature of practical philosophy – directed toward the free use of our wills – as distingushed from theoretical philosophy – directed toward knowledge of objects. I note how this solution could make Kant a metaphysical naturalist. I also touch on contemporary issues in theology related to the role of human construction of systems of concepts to help them make sense of the world they experience in the context of a greater mystery that defies conceptualization. (shrink)
O artigo é uma reflexão sobre o modo como, na "Genealogia da Moral", Nietzsche repensa "o problema estético" a partir da oposição entre a concepção kantiana do belo como predicado de um juízo "desinteressado" e a concepção stendhaliana do belo como efeito de uma "cristalização" e uma "promessa de felicidade". A chave do pensamento de Nietzsche neste contexto está no conceito de "embriaguez" , por um lado, como termo-chave para designar a "pré-condição fisiológica" da arte, mas, por outro, como um (...) processo de espiritualização dos instintos ou das pulsões que as interioriza e intensifica. Esta espiritualização distingue-se da contemplação desinteressada porque não nos des-afecta e porque é, em grande medida, uma espiritualização da sexualidade, mas não deixa, por isso, de implicar uma reavaliação dos valores e uma ampliação do horizonte do humano. É por isso que a arte pode ser pensada como um "contra-movimento" que afirma a vida e combate o "ideal ascético" e o "niilismo europeu". The present article is a reflection on the way how, in "Genealogy of Morals", Nietzsche rethinks "the aesthetic issue" based on the opposition between Kant's conception of beauty as a predicate of a "disinterested" judgment and the stendhaliana conception of beauty as the effect of a "crystallization" and a "promise of happiness". The key to the thought of Nietzsche's in this context resides on the concept of "intoxication" on the one hand, as a key-term to designate the "pre-physiological condition" of art, but on the other hand, as a process of spiritualisation of the instincts or of the drives, which internalizes and intensifies them. This spiritualization is distinguished from disinterested contemplation for it does not dis-affects us, and because it is by large a spiritualization of sexuality, without renouncing to imply a revaluation of the values and a widening on the horizon of the human. That is why art can be thought of as a "counter-movement" that affirms life and fights the "ascetic ideal" and the "European nihilism". (shrink)
Normal 0 21 false false false MicrosoftInternetExplorer4 /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} ampliaçáo da idéia de “auto-reflexáo da consciência” assume um importante papel na fenomenologia transcendental. O exercício do método adotado pela fenomenologia desloca a atençáo para a auto-reflexáo transcendental dentro da qual e a partir da qual os objetos seriam apreendidos e constituídos intuitivamente. Deparamo-nos, entáo, com uma (...) reflexividade empírica e com uma reflexividade transcendental. Tal ampliaçáo desta auto-reflexáo da consciência remete-nos para a influência que a leitura de Kant exercerá, na primeira década do século XX, sobre o projeto filosófico husserliano. Remete-nos para a distinçáo que Kant nos apresenta entre “apercepçáo empírica” (ou “psicológica”) e “apercepçáo transcendental”. (shrink)
O manuscrito estudantil das Lições sobre a Doutrina Filosófica da Religião, ministradas muito provavelmente no semestre de inverno de 1783/84, foi publicado pela primeira vez em 1817 por Karl Heinrich Ludwig Pölitz. Kant ministrou essas Lições tendo como base escritos metafísicos e teológicos que tinham sido publicados por influentes filósofos alemães de sua época (Alexander Gottlieb Baumgarten, Johann August Eberhard und Christoph Meiners). Mas, em suas Lições, Kant não apenas faz referência à posição desses filósofos. Ao contrário, ele também os (...) comenta e os critica, fornecendo importantes indicações de sua perspectiva filosófica sobre problemas que estão localizados na interface entre teologia, religião, metafísica e filosofia moral. O leitor desses manuscritos adquire uma impressão bastante favorável do alto nível em que Kant e seus contemporâneos refletiram por exemplo sobre as (segundo ele, três possíveis) provas especulativas da exisência de Deus. Kant acredita firmemente que moral e filosofia moral não se baseiam na teologia. Muito pelo contrário, a teologia (Deus como postulado da razão prática) se beneficia primeiramente da filosofia moral que por sua vez vai se beneficiar, do ponto de vista motivacional, dessa teologia fundada criticamente. As Lições Sobre a Doutrina Filosófica da Religião são indubitavelmente uma importante fonte para a nossa compreensão da filosofia crítica de Kant. -/- Heiner F Klemme (Martin Luther Universität – Halle – Wittenberg) . (shrink)
resumo O presente artigo tem como objetivo mostrar que a teoria kantiana da possibilidade de juízos a priori, o conteúdo essencial da sua crítica da razão pura, foi elaborada no intuito de garantir a solubilidade dos problemas necessários da razão pura e que essa teoria pode ser interpretada como uma semântica transcendental. palavras-chave possibilidade de juízo – crítica da razão pura – problemas necessários da razão pura – solubilidade – semântica transcendental.
It is well known that Kant’s aesthetics is framed intersubjectively because he upholds the claim of taste to universality. However, the transcendental foundation of this shared universality is a supersensible ground which is taken for granted but which cannot be brought directly into communicative experience. Kant’s reliance on the synthetic a priori structure of aesthetic judgment also removes it from the sphere of observable personal interaction. This argumentative strategy exposes it to skeptical challenge and generates inaccessible references to inner (...) representations (be they intuitions, categories of the understanding or rational ideas). It is not sufficient, as Kant did, to propose a description of aesthetic experience that is subjectively plausible and thereby claim its intersubjective validity. It is indispensable to embody intersubjectivity in behavior and language. In practical intersubjectivity, aesthetic attitudes are dealt with in a concrete and accessible manner without relying on mentalistic assumptions as a foundation. Conceptual terms such as ‘agreeable’, ‘beauty’, ‘sublime’, ‘ugly’, ‘universality’ acquire new meaning. (shrink)
Neste ensaio a autora intenta discutir o que uma razão prática é, isto é, a que nos estamos referindo quando falamos sobre a razão para uma ação, bem como sobre o que ocorre quando alguém age por uma razão. Nesse sentido, ela evoca especialmente Aristóteles e Kant com o propósito de dar uma resposta a essa questão. Essa estratégia distinguirá sua resposta da resposta dada por filósofos contemporâneos. Assim, ela irá conectar sua descrição do que sejam razões (...) com um aspecto da Razão tal como esta era concebida pelos filósofos acima mencionados: A Razão como uma dimensão ativa da mente mesma. (shrink)
My basic claim in this article is that Heidegger’s lifelong engagement with Kant’s critical philosophy displays a unity that consists in the development of a problem that concerns transcendental-critical methodology at a fundamental level. My goal is therefore simultaneously interpretative and systematic: I will both trace out a trajectory for a unitary interpretation of Heidegger’s reading of Kant and show that the problem that animates this reading concerns at bottom the methodological resources and limitations of a transcendental grounding (...) of ontology. More specifically, I argue that what connects the different moments of Heidegger’s interpretation of Kant’s theoretical philosophy is the question of how, within... (shrink)
É comum resumir a experiência moral kantiana à adesão do agente à lei que sua própria razão lhe impõe. O valor incondicional da autonomia aparece, desse modo, como elemento suficiente para uma doutrina normativa do agir, mesmo sob o risco de tornar o agente que segue a razão alguém alheio à experiência em que se inscreve efetivamente. Contra essa leitura, procura-se mostrar aqui que, para Kant, (i) a determinação da vontade pela razão traz consigo uma reflexão sobre (...) as condições de efetivação da moralidade, assegurando o sentido da perfórmance moral, e que (ii) tal reflexão possui um significado genuinamente especulativo. (shrink)