Século XIX Francês: A realização e confluência da representação do realismo moderno na literatura ocidental segundo o Mimesis, de Erich Auerbach

Cadernos PET-Filosofia (Parana) 17 (1) (2019)
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Abstract

O presente resumo (resenha) visa a estabelecer a forma com a qual Erich Auerbach evidencia em Mimesis, sua obra magna, a realização da representação séria e problemática do cotidiano, considerando todas as forças motrizes sociais e históricas do contexto inserido, que se iniciam na separação diacrônica entre as obras de Homero e do Velho Testamento Judaico, e confluem na literatura do século XIX na França, mais precisamente nas figuras de Balzac, Stendhal e Flaubert. Para tal fim, além da consulta de algumas das obras citadas, através do resumo do capítulo 18 da obra Mimesis, intitulada “Na Mansão de La Mole”, visa-se explicitar a conclusão da tese geral da obra, escrita em alemão em 1946 enquanto o autor estava em exílio na Turquia devido à Segunda Guerra Mundial e sua descendência judaica, e que percorre em 20 capítulos as obras fundamentais da literatura ocidental. Partindo da Odisséia de Homero e do Velho Testamento da Bíblia, passando por autores da Antiguidade e do período Patrístico e Medieval como Petrônio, Gregório de Tours. Chrétien de Troyes, Dante, Bocaccio e Antoine de La Sale, seguidos no Renascimento, na Modernidade e no Iluminismo por Rabelais, Montaigne, Shakespeare, Cervantes, La Bruyère e Molière, Abade Prévost e o drama burguês de Schiller, Auerbach expõe de forma sistemática de que forma a literatura e a representação mimética da realidade resultaram numa consideração séria e problemática do cotidiano, à qual se chega apenas no capítulo 18, ao qual aqui se resume, evidenciando no Século XIX Francês, como considera a tese geral do autor, as figuras e as obras de Stendhal (O Vermelho e o Negro), Balzac (O Pai Goriot) e Flaubert (Madame Bovary) como síntese de tal evolução. Para fins de exemplo da literatura contemporânea ocidental, ainda há os capítulos sobre a obra dos Irmãos Goncourt e o capítulo de fechamento sobre Virginia Woolf, além de contar com um epílogo, concluindo dessa forma um dos mais importantes ensaios crítico-literários já escritos no Ocidente, e do qual é tratado no presente resumo.

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