Abstract
O presente artigo analisa a contribuição de Herbert Marcuse para a compreensão dos conflitos e protestos que ocorreram durante os anos 1960, com ênfase no entendimento do filósofo alemão com relação ao movimento estudantil global. Entende-se que, em um contexto marcado pelo domínio imperialista dos Estado Unidos e de composição hegemônica do pensamento unidimensional, Marcuse elaborou uma percepção sociológica acerca dos movimentos sociais e estudantis, valorizando as capacidades críticas e emancipatórias que estavam sendo postuladas por meio dos protestos daquela década. Por sua vez, é Marcuse quem abre caminhos para a compreensão de uma viragem política demarcada pela New Left, a qual deve ser levada em consideração na compreensão da atualidade dos problemas levantados por tais protestos e manifestos.