O que é história, o sentido da história e a historiografia

Oficina Do Historiador Oficina Do Historiador, Porto Alegre, V. 14, N. 1, P. 1-14, Jan.-Dez. 2021 e-Issn: 2178-3748 14:2-14 (2021)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Resumo: Um dos grandes problemas das ciências em geral, é a constante busca por universalizações, generalizações e sistematizações dos seus objetos, dados, conteúdos e resultados. Talvez sejam ainda vestígios ou resquícios do positivismo ou a identificação com um possível cientificismo. Porém, ao se fazer isso, nega-se o próprio caráter, o papel, o sentido e a função da ciência, que é ser provisória, e não permanente ou eterna. Mesmo havendo em certos casos, a possibilidade de universalizações, generalizações e sistematizações, no qual também ainda permanecerão abertas e não fechadas em si. Logo, neste trabalho se procura debruçar e refletir sobre o que é história, o sentido da história e a historiografia por abordagens, aspectos e instrumentos da filosofia, da sociologia, da antropologia, da filosofia da história, da historiografia, da teoria da história, da escrita da história e dentre outros. Isso para que deste modo talvez possamos nos desvencilhar de certos mitos, conteúdos e produções de certa história e historiografia universalista. Uma vez que, em tal narrativa e escrita da história, produziram-se muitas interpretações equivocadas, míticas e generalizantes da história do mundo e dos povos em geral, onde, de modo arbitrário, o eurocentrismo, o europeísmo e o ocidentalismo assumiram a apresentação e representação da produção histórica e cultural do mundo, quase uma aculturação e homogeneização dos povos, culturas e etnias, descaracterizando-os nas suas próprias narrativas e processos históricos, isso dentro de um “pacote e produto histórico ocidental”. No qual a história foi colocada e reduzida a determinismos de diversos tipos e modos. Logo, um dos objetivos cruciais aqui, é justamente desconstruir tais narrativas, percepções e procedimentos de sorrateira aculturação e etnocentrismo da história mundial. Portanto, é necessário superar toda e qualquer narrativa, escrita e produção histórica que coloca grupos, etnias e culturas entre superiores e inferiores na produção histórica e na história, no qual os grupos superiores fazem a história e são os protagonistas dela, enquanto os grupos inferiores são os meros coadjuvantes no mundo, bem como na produção histórica. Isso ocorre porque a história e a produção da mesma são campos de disputas, conflitos e embates de ideais, mesmo pela produção científica.

Links

PhilArchive

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

Sobre historiografía filosófica y filosofía de la historia de la filosofía.JosÉ CaÑ & as - 1999 - Anales Del Seminario de Historia de la Filosofía 16:249-257.
Questões de Teoria e Metodologia Da História.Cesar Barcellos Guazzelli & Ana Maria de Oliveira Burmester (eds.) - 2000 - Porto Alegre, RS: Editora da Universidade, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
La filosofía y su historia.Félix García Moriyón - 1997 - Diálogo Filosófico 37:4-32.
Historia de la filosofía.Jaime Balmes - 1941 - Buenos Aires,: Editorial Sopena Argentina.
Ensayo Bibliográfico sobre la Historia del Lulismo (2008-2016).Rafael Ramis Barceló - 2021 - Anales Del Seminario de Historia de la Filosofía 38 (Especial):77-100.

Analytics

Added to PP
2024-04-20

Downloads
39 (#405,676)

6 months
39 (#97,817)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Author's Profile

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

.André Santos Campos - 2015 - Revista Portuguesa de Filosofia 71 (1):119--145.

Add more references