Abstract
Dentre os assuntos mais abordados em linguística, um deles merece especial atenção pela sua presença constante na rotina escolar, no inconsciente popular e na fala dos brasileiros. Este artigo contempla informações sobre as produções acadêmicas mais relevantes dos últimos dez anos sobre o tema do preconceito linguístico. As discussões acerca do objeto circulam mais rotineiramente entre os professores de Língua Portuguesa, ainda assim podem estar presente no discurso de outros profissionais da educação pelo fato de atingir diretamente a linguagem e o ensino de línguas. Ademais, muitos concordam que os debates são extremamente necessários para conhecer as consequências negativas propostas pela prática e da rotulação, e propor estratégias de embate no intuito de amenizar os problemas já existentes. Para levantar os dados que comporão o corpus deste, fez-se uso da estratégia de revisão sistemática de literatura proposta por Kitchenham (2004). Como subsídio teórico destacam-se os conceitos de preconceito adotado por Allport (1971), de preconceito linguístico proposto por Bagno (2007) e de normas amparados por Faraco (2002). O levantamento visa detalhar as produções acadêmicas do Banco de Dados da Capes de Teses e Dissertações e do Bnaco de Dados de Artigos e Periódicos e apresentar uma visão ampla de como a academia brasileira está conduzindo as discussões. Os resultados caminham para um número reduzido de produções, onde a maioria enfoca questões relativas ao campo educacional.