Filosofia do diálogo: Aproximações entre Hannah Arendt e Emmanuel Lévinas

Revista Dialectus 13 (1) (2018)
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Abstract

As obras de Hannah Arendt e de Emmanuel Lévinas não podem ser dissociadas dos eventos catastróficos que marcaram o século XX, em especial, a Segunda Guerra mundial. Ambos vivenciaram a crise do da Civilização Europeia do século passado que havia mergulhado no self ao invés de valorizar a pluralidade. O objetivo do presente artigo é analisar natureza crítica da obra desses pensadores acerca do caráter ontológico e contemplativo da Filosofia Ocidental e como buscaram uma alternativa para o adoecimento do humanismo ocidental por meio de uma Filosofia do diálogo. Para o desenvolvimento desse artigo utilizou-se de uma metodologia hermenêutica e comparativa recorrendo a uma revisão bibliográfica dos pensadores supracitados e de outros que se dedicaram ao tema. A título de conclusão é possível inferir que a Filosofia ontológica que predominou desde o início dos tempos modernos no ocidente desencadeou uma racionalidade desmedida e autossuficiente que reflete e é refletida pela sociedade contemporânea alicerçada no isolamento, na competição, no consumismo e na indiferença. Sujeito apenas aos limites impostos pela própria consciência, o homem moderno se fechou em si mesmo sacrificando a transcendência. Criticando essa ética centrada no eu e indo além da Filosofia do diálogo de Martin Buber, Arendt e Lévinaspropõem uma perspectiva dialógica de pensar o si mesmo a partir e com o outro na busca de uma sociedade justa, assentada na pluralidade e na paz. Depositando uma fé profunda na capacidade humana de agir e realizar o milagre do renascimento, esses filósofos defendem que esse seria o sentido da própria existência.

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