Abstract
Condição humana foi afetada de modo polarizado desde que o projeto iluminista consolidou rupturas entre o senso-comum, a fé, instituindo a ciência e a racionalidade cognitiva como parâmetros balizadores das concepções binárias de sujeito e de intervenções clínicas em contextos de saúde mental. Atualmente a internet e as Tecnologias de Informação e Comunicação adensam o afastamento holístico da condição humana, ao instituir as redes sociais virtuais como meio de ideais de sujeitos. Convive-se com as teses de “morte do sujeito”, a ênfase ao parâmetro da imagem, a dificuldade em lidar com a diferença, recusa ao diálogo e afirmação da intolerância. Assim, consideramos imprescindível retomar o debate dos aportes da fenomenologia Husserliana e Heideggeriana como referências para repensar nossa condição humana e contribuir para que os profissionais de saúde reencontrem o mundo da vida como start para construir, nos diversos contextos e instituições de atenção à saúde mental, práticas clinicas pautadas na vivencia e não na representação.