Abstract
O objetivo desse artigo é descrever a filosofia como um modo de vida que se realiza pelo exercício de
si. A partir da perspectiva teórica foucaultiana, apresentamos uma leitura dos diálogos platônicos
em que a filosofia aparece como prática existencial. Desse modo, inicialmente abordando os
diálogos de Alcibíades e Laques, nos quais se desenvolvem dois modos diferentes de se fazer a
história da filosofia no Ocidente. Em seguida, com a apresentação da Carta VI I descrevemos a
crítica ao conhecimento como transmissão e expomos o real da filosofia como o aprendizado do
coabitar problemas como forma de estar atento a si mesmo. Por fim, pensamos o aprender em
filosofia como uma permanente inquietação que nos move na incompletude do desprender-se de si
mesmo.