Abstract
Nos dias atuais, o avanço da Teologia da Prosperidade não pode não ser observado tendo em vista o número crescente de igrejas neopentecostais que adotam o princípio de um Deus Cristão diretamente vinculado às questões de prosperidade, uma vez que ser bem sucedido financeiramente requer a aprovação de um deus acionável e subserviente. Assim, surgem questionamentos sobre as diferenças existentes entre a TP e a conhecida Teologia da gratuidade encontrada na Bíblia. Concordamos com Moltmann ao assumir que a ressurreição não esvazia na cruz, mas a preenche de significado. A partir dessa perspectiva, percebemos que a relação com o Pai não é mais marcada pela onipotência, mas pela entrega e solidariedade no abandono, ou seja, a relação não é mais marcada pela disputa da onipotência, não é mais medida e orientada pelo narcisismo e pela privação como renúncia de instintos exigida pelo Deus da ilusão com vista a uma retribuição como justiça final, mas pela analogia.