Abstract
O artigo faz uma reflecção sobre o processo de inserção de Moçambique na Geopolítica Energética Regional em plena mudança global do paradigma energético. Recorrendo ao uso dos métodos histórico e comparativo e da técnica bibliográfica, o artigo faz uma análise baseada na teoria construtivista das Relações Internacionais (RI), procura explicar a influência de um Estado, das capacidades objetivas e subjectivas, necessárias para estabelecer pontes interdependentes entre Estados com interesses convergentes. A principal constatação produzida é que Moçambique não dispõe de uma filosofia própria para a autonomia energética. A inexistência de uma filosofia é resultante de uma estrutura económica voltada para a guerra que emergiu e dominou as primeiras duas décadas após a independência nacional. Pelo que, trinta anos depois do alcance da paz, não há uma projecção energética regional e global.