Abstract
O presente artigo sustenta que é plausível se fazer derivar da analítica da técnica em Heidegger uma economicidade que radica no nexo metafísico-produtivista do caráter ontológico de ‘des-ocultação’ da figura da técnica moderna, a qual, por sua vez, atua tanto na gênese da ciência moderna quanto na constituição mesma da economics como dictum racionalizador do incondicionado da vontade de poder da técnica. Não por acaso, a economics leva a cabo a conversão do homem em demandante compulsivo, em subjectum autodeterminado de uma vontade de querer propiciadora da exploração abusiva, razão por que se argumenta aqui em defesa da ideia de uma tecnicidade outra no interior do arcabouço teórico da vertente neoclássica.