Abstract
O êxodo rural brasileiro compreendeu um processo de grande magnitude desde o seu início, onde, em comparativo, poucos países experimentaram fluxo migratório tão intenso, tendo em vista a quantidade absoluta da população atingida. Uma das características encontradas nos movimentos migratórios brasileiros se estabelece na diferenciação por sexo. Estudos apontam que as mulheres migram mais do que os homens, além do fluxo migratório se caracterizar cada vez mais pela saída de jovens do campo. Nesse sentido, o presente artigo se propõe a analisar a categoria rural, abordando a situação das mulheres migrantes no contexto do Norte de Minas. Para tanto, utilizará do levantamento bibliográfico na construção de uma revisão acerca das práticas migratórias do campo realizadas por jovens, de modo a entender e problematizar a questão do gênero no processo migratório. Como resultado parcial tem-se que as mulheres continuam migrando, sendo tal deslocamento realizado com propósitos variados e, muitas vezes, devido à ausência de políticas públicas regionais, que resultam em pouca perspectiva de valorização do campo/gênero. Sendo assim, o processo migratório, principalmente no que diz respeito à questão de gênero, não se encerra nas discussões apresentadas, sendo necessários estudos que acompanhem as distintas dimensões que o migrar implica.