Abstract
Richard Rorty propõe uma concepção de conhecimento que abandone a pretensão de objetividade entendida como uma representação fiel do mundo em nossa mente ou na linguagem. Para ele, se o mundo não torna nossas crenças verdadeiras ou falsas e sim que elas são justificadas socialmente, o conhecimento não pode ser uma questão de adequação com a realidade, e sim de concordância entre os membros de determinada comunidade. Com isso, Rorty abandona a pretensão de uma epistemologia de caráter universal e propõe uma concepção de conhecimento que só pode ser justificada localmente, abrindo alas dessa forma para o seu etnocentrismo, assim como para sua defesa da ideia do conhecimento como solidariedade e da razão como conversação. Este artigo pretende apontar alguns limites da proposta neopragmática de Rorty