Abstract
No artigo busca-se mostrar que o saber filosófico se diferencia dos saberes que consistem no exame direto das coisas. Ressalta-se o surgir da filosofia nisso como o tipo de compreender que explica a determinação das coisas. Enfatiza-se aí a dificuldade de se exprimir o conhecimento filosófico e de se preservar, simultaneamente, sua diferenciação em meio às outras formas de saber. A expressão “amor à sabedoria” é tomada aqui como tendência natural à superação desta dificuldade e vínculo entre o caráter de livre deste saber e o poder do homem que o produz. Como contra tendência destaca-se que a metafísica, ao resguardar o conteúdo da verdade no em si imutável, tornou inflexível o conteúdo do saber em questão. Reações a isto são reconhecidas como oposição e críticas à metafísica, ao “amor à sabedoria” e anúncio de “fim da filosofia”, mas sublinha-se que a paixão pela “sabedoria” concernente à determinação de sentido das coisas ainda não resulta explicada.