Abstract
Durante a Idade Média, de todas as formas de vivência religiosa, uma se destaca, vista como a mais perfeita, a mais próxima de Deus: o Monaquismo. Os monges aparecem aos olhos dos contemporâneos como anjos, vivendo, ainda na carne, as delicias do Paraiso. Tal ideia construída, paulatinamente, ao longo dos tempos, ganha no século XII o seu mais tenaz e incansável defensor, o cisterciense Bernardo de Claraval. Este age para impor a supremacia do Monaquismo à Igreja e ao conjunto da sociedade cristã, objetivando fazer dos monges os seus guias e diretores.