Abstract
Na discussão acadêmica alemã sobre a formação política, os princípios da controvertibilidade e da proibição da doutrinação valem, desde o Consenso de Beutelsbach, no final da década de 1970, como critérios de qualidade fundamentais e consensuais para a práxis pedagógica. Esta contribuição investiga se e em que sentido esses princípios poderiam, indo além da formação política, reivindicar validade para todo o âmbito da educação, e, de modo especial, para as escolas. Isso será feito em três passos: primeiramente, a partir do Consenso de Beutelsbach, a multiperspectividade será fundamentada como princípio para todas as áreas; em seguida, ela será exposta a partir de uma visão construtivista do contexto formado por saber e perspectividade; por fim, será feita a defesa de uma renaissance do conceito de formação enquanto minuta de referência para a escola com base nessa compreensão construtivista do saber