Abstract
Depois de J. Gómez Caffarena, de C.Bérubé e de R. Macken, sobretudo, terem insistidonuma leitura augustinista da antropologiahenriquina, a nossa contribuição pretende antes retirar asconsequências da correcção do augustinismoque, por meio do avicenismo, Henrique de Gandlevou a cabo. Propomos uma leitura da natureza na sua especificidade metafísica, deanterioridade em relação ao universal e ao singular,tendo como efeito uma antropoteologia que éuma verdadeira mudança de rumo do augustinismocomo uma quota-parte para a Modernidade.Ilustraremos a nossa tese insistindo: nasituação histórica de Henrique, no seu programametafísico-crítico, na doutrina da relação e na daindividuação. Os textos abordados serão daSumma, dos Quodlibet e da Lectura ordinaria.Finalmente, apontaremos para um horizontecontemporâneo em que a antropologia deve serrefeita na relação com a natureza. Por outraspalavras: a natureza do homem não pode passarsem aquilo que faz o homem um ser de natureza.Foi precisamente isto que Henrique de Gandesqueceu devido ao seu avicenismo, mas nãomenos ao seu augustinismo de que é fundamentalnele.