Abstract
Neste artigo, pretendemos sustentar que o Paradoxo de Moore é um problema de natureza epistemológica, rejeitando, assim, que a análise implique questões de natureza ética, particularmente se o argumento é mostrar que o PM, na solução assercionista de J. Williams, descumpre uma condição para o sucesso de atos de fala: a condição da sinceridade. Queremos apontar que essa condição é secundária no exame do problema. Por fim, apresentaremos uma dissolução do PM na perspectiva de R. Moran como um caso de akrasia epistêmica, um choque de autoridades de primeira e terceira pessoas, que tem reflexos na análise assercionista do PM, bem como à ação humana. In this article, we intend to maintain that Moore’s Paradox has an epistemological nature, rejecting, ! a priori questions about ethics, particularly if the argument shows that the PM, in the assercionist solution offered by J. Williams, does not comply a presumed condition to the success of speech acts: the sincerity condition. We maintain that this condition is secondary in the " # !$ % a case of epistemic akrasia "" $ analysis of PM, as well to the human action