Abstract
Resumo: Este artigo possui o propósito de colocar à prova a interpretação heideggeriana acerca das noções nietzschianas de vontade de potência e eterno retorno do mesmo. Para levar a cabo o referido objetivo, de início, apresentaremos o argumento desenvolvido por Heidegger nas suas preleções e textos sobre Nietzsche, editadas e publicadas em dois volumes, no ano de 1961. Num segundo momento, examinaremos, em Nietzsche: sua filosofia dos antagonismos e os antagonismos de sua filosofia, a resposta que Müller-Lauter ofereceu à crítica de Heidegger. Por ocasião deste exame, tentaremos salientar que haveria certa insuficiência na réplica deste comentador. Por fim, iremos recorrer aos textos do próprio Nietzsche para tentar promover uma confrontação com a interpretação do Filósofo da Floresta Negra.: This article has the purpose to challenge the Heideggerian interpretation of Nietzsche’s notions of will to power and eternal recurrence. To carry out this objective, we will first present the argument developed by Heidegger in his lectures and texts on Nietzsche, edited and published in two volumes, in 1961. In a second moment, we will examine, in Nietzsche: his philosophy of antagonisms and the antagonisms of his philosophy, the answer that Müller-Lauter offered to Heidegger’s criticism. On the occasion of this examination, we will try to point out that there would be a certain insufficiency in this commenter’s reply. Finally, we will resort to Nietzsche’s own texts to try to promote a confrontation with the Black Forest Philosopher’s interpretation.