Abstract
É propósito deste artigo confrontar criticamente o modo de pensar adorniano expresso na primeira parte da Dialética Negativa, e a ontologia fundamental de Martin Heidegger. Para tanto, iniciamos apresentando o sentido do pensar em Heidegger, que busca, não a explicação das causas, mas as significações do ser. Em seguida discorremos sobre as matrizes fundamentais do pensamento de Theodor Adorno, enquanto desdobramento da tradição marxista, a fim de salientar a fonte principal da posição hegeliano-marxista de Adorno e da escola de Frankfurt. Na sequência, demarcamos a influência do jovem Lukacs para os passos adornianos em prol de uma teoria crítica. Em seguida, apresentamos a filosofia adorniana como crítica às filosofias existentes, especialmente em seu confronto com os conceitos heideggerianos de ser, de existência e de historicidade. O método utilizado foi o hermenêutico das referências: Adorno (1975; 2009; 2003); Heidegger (2002) e comentadores: Lichtheim (1970); Perlini (1975); Rusconi (1968); Stein (1973) e Rocha (2020).