Abstract
Este artigo analisa o conceito de fetichismo no interior da filosofia da música adorniana, a fim de mostrar como ele visa dar conta de uma ampla crítica aos processos de racionalização do material musical na modernidade ocidental. Para que o teor da crítica seja medido de maneira correta, devemos perceber como, no conceito adorniano de "fetichismo", convergem deliberadamente motivos de suas tradições de crítica ao fetichismo: a marxista e a psicanalítica. Tal estratégia nos permitirá compreender a razão pela qual o conceito de mimesis é resgatado enquanto dispositivo de crítica ao fetichismo