Abstract
Este artigo busca dialogar com o conceito de ‘frentismo cultural’, aliança de resistência à última ditadura militar brasileira a unir grande parte dos integrantes do PCB, intelectuais e artistas nos primeiros anos daquele regime. Dialogaremos, também, com uma dada construção social da memória sobre a ditadura, especificamente aquela forjada pela imprensa escrita, em seu duplo papel de fomentadora do Golpe e veículo de resistência à ditadura. O matutino fluminense Correio da Manhã e um dos seus principais editorialistas à época, Otto Maria Carpeaux, são aqui apresentados como representantes daquela frente, capazes tanto de ratificá-la quanto indicar os seus limites.