Abstract
RESUMO:Os estudiosos vêm se dividindo acirradamente sobre a relevância da política e da história de Genebra na filosofia política de Rousseau. Eu busco chegar a uma visão coerente do compromisso de Rousseau com Genebra, uma que rejeita tanto a ideia de que ela é simplesmente irrelevante ao núcleo das doutrinas políticas do autor, quanto a que essencialmente lê tudo como uma intervenção na política genebrina. Nenhuma dessas concepções parece correta. De fato, Genebra, como Rousseau a concebeu, é uma presença constante que informa seu pensamento de modos diferentes. Rousseau não foi tão ingênuo a ponto de pensar que Genebra encarnava seus princípios, mas também não viu a verdadeira natureza da cidade como uma oligarquia hereditária. Ele a julgou defeituosa, porém remediável, uma avaliação talvez marcada pela aversão ao conflito civil, ao menos até que a realidade genebrina colidisse com suas ilusões. ABSTRACT:Scholars have been sharply divided over the relevance of Genevan politics and history to Rousseau’s political philosophy. In this article, I try to achieve a coherent view of Rousseau’s engagement with Geneva, one that rejects the idea that Geneva is simply irrelevant to his core political doctrines, but that also rejects the view that essentially reads everything as a political intervention in Genevan politics. Neither of these views seem accurate. Rather, Geneva is a constant presence that informs his thinking in different ways. Rousseau was not so naive as to think that Geneva incarnated his principles, but neither did he see its true nature as a hereditary oligarchy. He judged it flawed but remediable, a judgement perhaps informed by a loathing of civil conflict, at least until Genevan reality collided with his illusions