Abstract
Se a crise da racionalidade é uma constante da sua história e uma implicação natural do carácter fragmentário e conjectural do conhecimento, já a sua derrapagem céptica se afigura mais preocupante e insana, sobretudo quando oriunda daqueles sectores da cultura que, por inerência e vocação, mais deveriam velar pela preservação da validade de critérios cognitivos e mora is de indiscutível interesse social. É este, a nosso ver, um estado de coisas que pode e deve ser combatido pelo retorno às fontes intuitivas e onto lógicas da racionalidade. Tal é, pelo menos a breve trecho, a tese que neste artigo se defende em uníssono com a fenomenologia. Assim, após revisitar as concepções clássica e moderna de verdade e relevar de vários modos a natureza auto-refutante do relativismo, o presente texto advoga a normatividad e da razão alegando que a verdade, na sua formalidade, se dá a pensar não apenas como índice de si própria mas ainda da estrutura do próprio ser na sua aprioridade transcendente e ideal.