Abstract
Crítica da razão idolátrica, de Ricardo Timm de Souza, representa, acima de tudo, um esforço para compreender um “mundo doente”. No entanto, é importante ressaltar que não se trata meramente de mais um exercício de diagnóstico desse mundo, ou seja, não é apenas uma nova abordagem dos inúmeros problemas que o cercam, embora essa tarefa seja sempre relevante. Na obra em questão, a crítica vai além da análise de um mundo enfermo e das suas condições; ela também aponta para o “estado de suspensão” característico da crítica filosófica contemporânea, diante de um universo repleto de ideias, imagens e ações que transformaram o mundo atual em um “imenso e infernal maquinismo de conversão incessante de qualidades e singularidades em quantidades e generalidades”.